País consegue redução 20% maior do
que a média mundial em 25 anos. Foi essencial a atenção à grávida
A redução da mortalidade na
infância no Brasil foi 20% maior do que a média mundial, conforme
dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa conquista é um
dos destaques de artigo publicado na edição de setembro da revista
inglesa The Lancet, que analisa a mortalidade na infância no mundo
entre 1990 e 2015. O índice, estabelecido pela Organização das
Nações Unidas (ONU), prévia a redução em 2/3 (66%) da
mortalidade no período. De acordo com o artigo 'Níveis e tendência
globais, regionais e nacionais em menores de 5 anos – mortalidade
entre 1990 e 2015, com base em cenários e projeções para 2030: uma
análise sistemática pelo Grupo Interagências das Nações Unidas
para Estimativas sobre Mortalidade Infantil', os avanços das
condições de saúde da criança brasileira são decorrentes de um
conjunto de políticas públicas aplicadas no país.
Entre as ações estão a ampliação
da cobertura da atenção básica, do acesso à vacinação, das
taxas de aleitamento materno e do nível de escolaridade da mãe,
além da diminuição da pobreza obtida pelo programa Bolsa Família.
Essas ações se somam a outras políticas que levaram à quase
extinção de internações por desnutrição, por doenças
imunopreveníveis (sarampo, difteria, tétano, neonatal,
poliomielite, varíola, rubéola, meningites) e por
diarreia/pneumonia.
Para o coordenador de Saúde da
Criança e Aleitamento Materno, Paulo Bonilha, essa combinação de
ações foi fundamental para o Brasil diminuir a mortalidade na
infância. “O atendimento à gestante é fundamental para o bebê
nascer melhor. Depois, a qualidade da assistência ao parto, o
incentivo ao parto normal para que ele não nasça prematuro, o
acesso à UTI Neonatal se o bebê tiver qualquer complicação. Isso
tudo somado ao acompanhamento ao longo do primeiro ano de vida, com
aleitamento materno, vacinação, consultas. É importante combinar
todas essas estratégias”, afirmou.
|
NÚMEROS
|
|
Globalmente,
a taxa de mortalidade de menores de 5 anos caiu de 91 mortes por
mil nascidos vivos em 1990 para 43 em 2015 (queda de 53%). No
Brasil, a redução foi de 60,8 para 16,4 (queda de 73%). A meta
foi alcançada em 2012 no país.
|
|
Somente
em 2014, foram realizadas, mais de 20 milhões de consultas de
pré-natal pelo Sistema Único de Saúde, o que representa aumento
de 57% em relação a 2007 (quando foram realizadas 12,7 milhões
de consultas).
|
Fonte: Correio o Povo, página 13 de 3
de outubro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário