A
situação das finanças públicas gaúchas exige de todos
compromisso com a verdade, desprendimento e compreensão diante de
mudanças que se mostram necessárias. Não podemos mais conviver
com um estado que esteja principalmente a serviço de si mesmo, em
detrimento do desenvolvimento e da atenção àqueles que mais
precisam. Chegou a hora de fazer o que precisa ser feito. E é
por isso que estamos propondo medidas para construir o equilíbrio e
a sustentabilidade do Rio Grande do Sul.
Um
exemplo nesse sentido é o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO). Por acreditarmos que o respeito à harmonia entre os poderes
também se fundamenta em equilibrar as participações de cada um,
propusemos parâmetros mínimos para um orçamento que reflita a
realidade financeira global do Estado. O tema é técnico, mas é por
ele que se estabelecem os meios para recuperar estruturalmente as
condições do cofre público gaúcho – que é um só.
As
transformações, porém, não subsistirão pela vontade isolada de
um ou de outro. Dependem de todos. Com respeito à nossa história e
às futuras gerações, precisamos compartilhar responsabilidades se,
de fato, quisermos superar a letargia de um estado pouco eficaz. Isso
significa dividir proporcionalmente os sacrifícios na defesa do bem
maior, algo que o nosso governo, de maneira simples e respeitosa,
está propondo para o debate da população.
É nesse
sentido que os ajustes em curso, e outros que ainda serão
necessários, querem ir além de apenas resolver problemas contábeis.
As mudanças não são um fim em si mesmo, não buscam tão somente
viabilizar um governo. Querem, isto sim, viabilizar o Estado para o
cidadão e criar um novo ciclo de desenvolvimento e qualidade no
serviço público.
Ao
cultivar a solidariedade entre todos os poderes e setores, o projeto
da LDO, mais do que uma posição de governo, é uma necessidade de
Estado – que estamos submetendo à avaliação da sociedade gaúcha
representada na Assembleia Legislativa. É assim, de maneira justa e
solidária, que queremos compartilhar as mudanças que o Rio Grande
espera, precisa e merece.
Governador
do Estado
Fonte:
Correio do Povo, edição de 29 de junho de 2015, página 2.
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