Em 1996, a francesa Viviane Forrester escreveu o livro O Horror Econômico, que começava da seguinte forma: "Vivemos em meio a um engodo magistral, um mundo desaparecido que teimamos em não reconhecer como tal e que certas políticas artificiais pretendem perpetuar. Milhões de destinos são destruídos, aniquilados por esse anacronismo causado por estratagemas renitentes, destinados a apresentar como imperecível nosso mais sagrado tabu: o trabalho". Alguns parágrafos após, diz ela: "Um desempregado, hoje, não é mais objeto de uma marginalização provisória, ocasional, que atinge apenas alguns setores; agora, ele está às voltas com uma implosão geral, com um fenômeno comparável a tempestades, ciclones e tornados, que não visam ninguém em particular, mas aos quais ninguém pode resistir. Ele é objeto de uma lógica planetária, que supõe a supressão daquilo que se chama trabalho; vale dizer, empregos". (trechos copiados da 1a. edição, 2a. reimpressão, publicada pela Editora UNESP, em 1997).
Atualmente, no Brasil, após um período em que as verdades sobre a situação da economia foram escondidas, presenciamos um Ministro da Fazenda que parece desconhecer que a Economia, como ciência social que é, embora alguns a queiram caracterizar como exata, deve objetivar a satisfação das necessidades individuais, ou melhor, o desenvolvimento, cujo fim é a justiça social. As medidas ventiladas e tomadas só levam em conta a procura por equilíbrio nas contas públicas, mas, na prática, só vemos fechamento de postos de trabalho. Desemprego, em níveis alarmantes, não é evidentemente aquilo que o Governo deveria promover, mas, infelizmente, é isto que está acontecendo.
Já escrevia Forrester, no mencionado livro, em 1996, que "a supressão de empregos tornou-se um dos modos de administração mais em voga, a variável de ajuste mais segura, uma fonte prioritária de economias, um agente essencial do lucro".
O pequeno empresário sofre as consequências de políticas econômicas, como a atualmente praticada no Brasil, pois, em muitos casos, aufere, quando aufere, um lucro mensal inferior ao de muitos assalariados, e está sempre correndo o risco de se tornar mais um a procurar emprego. Os grandes grupos, principalmente os multinacionais, tendem a sobreviver a grandes cataclismos econômicos, pois há sempre algum lugar oferecendo terrenos e vantagens fiscais para que se instalem.
O desemprego, além de inúmeras consequências que provoca (miséria, desestruturação de famílias, violência, caos social), provoca o "ter medo do medo, medo do desespero, é abrir caminho para as chantagens que conhecemos muito bem" (Forrester, no Horror Econômico).
Tenho consciência de que há problemas que não afligem somente o Brasil, embora nosso país tenha alguns bem graves e particulares, e julgo que a existência, no planeta Terra, de mais de 200 países é foco permanente de miséria, assassinatos, golpes, revoluções e guerras.
Há muito, julgo que o planeta Terra caminha no fio da navalha.
Embora considere que a Política, quando bem exercida, é das atividades mais nobres, no Brasil, infelizmente, parcela expressiva dos políticos age como coveiros da democracia.
Ficam estas linhas à disposição para análise dos interessados.
JOÃO CARLOS LAGO NETO
em 12/05/2015
Atualmente, no Brasil, após um período em que as verdades sobre a situação da economia foram escondidas, presenciamos um Ministro da Fazenda que parece desconhecer que a Economia, como ciência social que é, embora alguns a queiram caracterizar como exata, deve objetivar a satisfação das necessidades individuais, ou melhor, o desenvolvimento, cujo fim é a justiça social. As medidas ventiladas e tomadas só levam em conta a procura por equilíbrio nas contas públicas, mas, na prática, só vemos fechamento de postos de trabalho. Desemprego, em níveis alarmantes, não é evidentemente aquilo que o Governo deveria promover, mas, infelizmente, é isto que está acontecendo.
Já escrevia Forrester, no mencionado livro, em 1996, que "a supressão de empregos tornou-se um dos modos de administração mais em voga, a variável de ajuste mais segura, uma fonte prioritária de economias, um agente essencial do lucro".
O pequeno empresário sofre as consequências de políticas econômicas, como a atualmente praticada no Brasil, pois, em muitos casos, aufere, quando aufere, um lucro mensal inferior ao de muitos assalariados, e está sempre correndo o risco de se tornar mais um a procurar emprego. Os grandes grupos, principalmente os multinacionais, tendem a sobreviver a grandes cataclismos econômicos, pois há sempre algum lugar oferecendo terrenos e vantagens fiscais para que se instalem.
O desemprego, além de inúmeras consequências que provoca (miséria, desestruturação de famílias, violência, caos social), provoca o "ter medo do medo, medo do desespero, é abrir caminho para as chantagens que conhecemos muito bem" (Forrester, no Horror Econômico).
Tenho consciência de que há problemas que não afligem somente o Brasil, embora nosso país tenha alguns bem graves e particulares, e julgo que a existência, no planeta Terra, de mais de 200 países é foco permanente de miséria, assassinatos, golpes, revoluções e guerras.
Há muito, julgo que o planeta Terra caminha no fio da navalha.
Embora considere que a Política, quando bem exercida, é das atividades mais nobres, no Brasil, infelizmente, parcela expressiva dos políticos age como coveiros da democracia.
Ficam estas linhas à disposição para análise dos interessados.
JOÃO CARLOS LAGO NETO
em 12/05/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário