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Em menos de um mês, manifestantes voltam às ruas em protestos contra o governo

Manifestantes fazem ato contra a corrupção e contra o governo na Avenida Paulista (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Manifestantes fazem ato contra a corrupção e contra o governo em diversas cidades do país. Na foto, protesto na Avenida PaulistaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Os protestos contra o governo e pelo fim da corrupção convocados para hoje (12) por diversas organizações reuniram manifestantes em todas as regiões do país. Em todas as cidades, muitos manifestantes vestiram verde e amarelo e levaram bandeiras do Brasil aos protestos.

Entre as reivindicações, além dos pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, faixas e palavras de ordem pediam investigação de denúncias de corrupção, votação da reforma política e até o retorno dos militares ao poder.

O número de participantes das manifestações deste domingo foi menor que nos atos do dia 15 de março. Em Brasília, a manifestação de hoje reuniu aproximadamente 25 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e transcorreu de forma pacífica. No primeiro ato, há menos de um mês, 45 mil foram às ruas na Esplanada dos Ministérios.

Em Goiânia, 2 mil pessoas participaram do protesto deste domingo na Praça Tamandaré, no setor oeste, segundo estimativas da PM. O número também é menor que o registrado pela corporação em março, de 60 mil participantes.

A PM do Paraná informou que 40 mil pessoas participaram da manifestação na região central de Curitiba, encerrada no começo da noite. Além da capital, os protestos reuniram 5 mil pessoas em Londrina e 1,2 mil em Foz do Iguaçu, além de outras cidades do interior. De acordo com a PM, o policiamento foi reforçado em todo o estado

Em Porto Alegre, a estimativa oficial da Brigada Militar é que 35 mil manifestantes tenham caminhado pelas ruas da capital em direção ao Parque Moinhos de Vento. Na manifestação de março, 100 mil participaram do ato contrário ao governo Dilma.

No Nordeste, houve protestos em capitais como Recife, Salvador, Maceió, Natal e Aracaju. Em João Pessoa, um trecho da Avenida Epitácio Pessoa próximo à orla foi interditado, e a PM informou que 300 pessoas participaram da manifestação, que terminou por volta de 18h. Nenhuma pessoa foi detida, de acordo com a corporação.

Em São Luís, aproximadamente 3 mil manifestantes se concentraram na Avenida Litorânea, segundo os organizadores do Movimento Brasil Livre. A PM contabilizou 400, que foram acompanhados por cerca de 20 policiais.

Em Manaus e em Belém, os protestos ocorreram durante a manhã. Na capital amazonense, a concentração na Praça do Congresso, no centro da capital, começou tímida por causa da chuva, segundo os organizadores. Às 11h, a PM do estado informou que havia 360 manifestantes. A expectativa da organização era ter a adesão de 10 mil pessoas.

O protesto em Belém reuniu cerca de 8 mil pessoas, segundo o coordenador do Movimento Brasil Livre no Pará Augusto César Silva. O grupo saiu do Mercado Ver-o-Peso em direção à Praça da República. De acordo com a PM, 3 mil pessoas participaram.

Também pela manhã, em Belo Horizonte, 6 mil pessoas se juntaram ao protesto contra o governo e pelo fim da corrupção, de acordo com a PM. A concentração ocorreu na Praça da Liberdade, e os manifestantes seguiram até a Praça da Estação, no centro da capital mineira. Na manifestação do dia 15 de março, 24 mil pessoas estiveram no local, também segundo a polícia.

Em São Paulo, a estimativa da PM estadual é que 275 mil pessoas tenham participado do protesto na Avenida Paulista. Na primeira manifestação, a PM informou que 1 milhão estiveram no local. De acordo com a corporação, o ato transcorreu sem incidentes até o começo da noite.

Também sem ocorrências, no Rio de Janeiro, a manifestação pelo fim da corrupção e pela saída da presidenta Dilma terminou por volta das 15h, de forma tranquila. Desde as 10h, havia manifestantes na Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana.

Até o começo da noite, o governo não se pronunciou sobre os protestos. No dia 15 de março, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, foram convocados para responder às críticas e anunciar medidas do governo para combater a corrupção.

Partidos de oposição se manifestaram sobre os protestos e se solidarizaram com as pessoas que foram às ruas contra o governo. Em nota, o PSDB criticou as medidas econômicas da presidenta Dilma Rousseff e disse que se une aos brasileiros que manifestaram “repúdio e indignação contra a corrupção sistêmica que envergonha o país”.

O Solidariedade informou que aproveitou as manifestações para recolher assinaturas no abaixo-assinado que pede o impeachment de Dilma. O presidente do partido, deputado Paulinho da Força (SP), disse que a oposição não pode ficar indiferente aos protestos e deve cobrar do governo as demandas apresentadas nas ruas.

 

 

Agência Brasil

 

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      Em documento, presidente do Panamá aponta avanços da Cúpula das Américas

       

      Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Lana Cristina

      Foto oficial da 7 Cúpula das Américas

      Representantes de 35 países estiveram reunidos por dois dias, no Panamá, na 7ª Cúpula das AméricasRoberto Stuckert Filho/Presidência da República

      Sem consenso dos 35 países para a elaboração de uma carta final conjunta, a 7° Cúpula das Américas terminou com uma declaração de Juan Carlos Varela Rodríguez, presidente do Panamá, país anfitrião do encontro. No documento de quatro páginas, o panamenho lista os assuntos acordados entre os líderes americanos nos dois dias de cúpula, entre eles, o apoio à reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos e à negociação para o fim do conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

      O motivo da falta de consenso sobre a declaração conjunta foi a exigência da Venezuela de incluir no documento condenação às sanções impostas pelos Estados Unidos ao país. Em março, a Casa Branca decretou a suspensão do visto de sete funcionários do governo venezuelano e o congelamento de seus bens em território norte-americano. O governo dos Estados Unidos declarou na ocasião que a Venezuela representa uma “ameaça incomum e um problema extraordinário para os Estados unidos” e alegou que o governo de Nicolás Maduro adota medidas antidemocráticas. Em resposta às sanções, a Venezuela resolveu cobrar visto de cidadãos dos Estados Unidos que visitem o país.

      Apesar do impasse, o presidente do Panamá destacou no documento que houve consenso em 90% das propostas citadas no documento final, que tratam de temas como educação, segurança, saúde, energia e políticas de imigração.

      Saiba Mais

      Rodríguez citou os avanços recentes na negociação de paz entre o governo da Colômbia e as Farc e disse que o conflito nunca esteve tão próximo do fim. “Nunca antes estivemos tão perto de pôr fim a este longo conflito e de chegar à paz na Colômbia, que também representa a paz em todo o nosso continente. Por isso, esperamos que o governo da Colômbia e as Farc cheguem rapidamente a um acordo neste ano, para que todos possamos contribuir com o que mais importa: a implementação e a consolidação da paz.”

      O panamenho também enfatizou a reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba, que tiveram, na cúpula, um encontro histórico, retomando negociações bilaterais depois de mais de 50 anos, e disse que a cúpula teve o papel histórico de criar pontes para ajudar nesse processo.

      “A decisão anunciada pelos presidentes dos Estados Unidos e de Cuba para avançar em um novo enfoque das relações entre seus países criou uma expectativa legítima de que situações antigas e recentes, que tensionaram as relações entre os dois hemisférios do continente, possam ser resolvidas”, avaliou.

      O documento lista resoluções acordadas pelos países para ampliar o acesso à educação no continente, fortalecer o ensino técnico e a oferta de emprego para os jovens em situação de risco, e aproximar as universidades do setor público para elaboração de projetos de infraestrutura. Nesse contexto, teve destaque também a proposta surgida na cúpula de criar um Sistema Interamericano de Educação.

      Na declaração, o panamenho diz que os líderes americanos compartilham a preocupação e a necessidade de unir esforços contra o terrorismo, o crime organizado e outras ameaças à segurança dos cidadãos, por meio do fortalecimento da cooperação entre os países e a adoção de medidas para prevenir a violência e a delinquência.

      Segundo Rodríguez, houve ainda acordo para ações de cooperação entre os países para proteção dos direitos humanos dos imigrantes.

      A 7° Cúpula das Américas reuniu chefes de Estado e de Governo e representantes dos 35 países do continente. De acordo com Rodríguez, o presidente do Peru, Ollanta Humala, ofereceu-se para ser o anfitrião do próximo encontro, ainda sem data definida.

       

       

      Agência Brasil

       

       

      Debate avalia atuação do governo na redemocratização da comunicação

       

      Da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante

      Jornada pela Democracia

      Participantes da mesa-redonda Conjuntura e Conservadorismo: Beijinho no Ombro pros Intolerantes debatem a redemocratização da comunicaçãoReprodução TV Brasil

      Integrantes de movimentos sociais e especialistas, em debate hoje (12), disseram que o governo da presidenta Dilma Rousseff falhou ao não tratar da redemocratização da comunicação. Essa foi uma das principais colocações manifestadas pelos participantes da mesa-redonda Conjuntura e Conservadorismo: Beijinho no Ombro pros Intolerantes, que integra o conjunto de debates da Jornada pela Democracia: Debates, Ideias, Contraponto.

      Segundo o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência Paulo Vannuchi, o governo precisa fazer um balanço do que está acontecendo em duas atividades distintas: primeiro, analisar a atuação da direita e, depois, fazer um balanço dos erros que fizeram o atual panorama político chegar a esse ponto e corrigi-los. “Um dos erros dos governos Lula e Dilma talvez tenha sido não mexer nada na redemocratização da comunicação. É preciso mexer no marco regulatório, mas, antes, gerar esse ambiente nas mobilizações sociais”, disse.

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      Vannuchi é membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), e diretor do Instituto Lula. Segundo ele, a presidenta Dilma ganhou a eleição porque abriu "dez minutos" para conversar com a população. “Depois das eleições, fecharam-se os dez minutos, a mídia foi em cima e o governo baixou a guarda, o PT baixou a guarda. O governo precisa mexer na sua base e fazer um time defensivo para não permitir que os projetos das terceirizações e da maioridade penal passem, não pode deixar prosperar. E não vai ter uma reforma política de boa qualidade nesse contexto”, disse ele, ao abordar a composição do Congresso Nacional.

      Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, o monopólio dos meios de comunicação também é uma forma de censura, à medida que impõe sempre a veiculação das mesmas opiniões, ainda que em canais diferentes, por pertencerem à mesma empresa.

      Sobre as manifestações que ocorrem hoje em todo o país, a psicanalista Maria Rita Kehl comentou que muitas pessoas portam cartazes sem saber efetivamente o que estão pedindo. “Desde o governo FHC [Fernando Henrique Cardoso] vem mais suavemente, mas, no governo do PT, é que houve a diminuição da desigualdade. Isso não entra na pauta, não é levado em consideração por quem está na rua, que não leva em conta o ganho”, disse.

      Para Maria Rita Kehl, as pessoas agem como se o PT tivesse inventado a corrupção. “Fico decepcionada com a corrupção dentro do partido que sempre apoiei. Mas aquela opinião que na ditadura militar não tinha corrupção não é verdadeira. Era muito diferente na época, não tínhamos imprensa livre. Me impressiona essa falta de informação. A população é muito mal politizada.”

       

      Agência Brasil

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