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Protestos ocorrem em todas as regiões do país

Manifestação contra o governo e a corrupção na Esplanda dos Ministérios ( José Cruz/Agência Brasil)

Manifestação  contra  o  governo e a corrupção na movimenta Esplanada dos Ministérios  José  Cruz/Agência Brasil

As manifestações contra a corrupção e contra o governo da presidenta Dilma Rousseff ocorreram em todas as regiões do país e reuniram milhares de pessoas. Não houve registro de confrontos e os protestos foram pacíficos.

Em Goiânia, 60 mil pessoas caminharam entre a Praça Tamandaré e o Parque do Areião, num percurso de cerca de 4 quilômetros. Segundo a Polícia Militar de Goiás, não houve violência e os manifestantes se dispersaram por volta das 16h.

Manifestantes realizam ato contra a corrupção e contra o governo na Avenida Paulista ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Milhares de pessoas protestam contra o governo na  Avenida Paulista   Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em Campinas, São Paulo, 5 mil pessoas se reuniram de manhã e mais de 10 mil, na parte da tarde, para os protestos. Os manifestantes também já se dispersaram sem que episódios de violência ou enfrentamento fossem registrados pela polícia.

Na capital paulista, a Polícia Militar informa que pelo menos 1 milhão de pessoas se reuniram na Avenida Paulista. Segundo o Datafolha – instituto de pesquisa e opinião do Grupo Folha –, a manifestação reuniu 210 mil pessoas.

Na Região Norte, manifestantes também foram para as ruas. Em Manaus, 22 mil pessoas se juntaram aos protestos, informou a Polícia Militar. A passeata começou na Praça do Congresso e seguiu pelas principais avenidas do centro da capital amazonense. Em Belém, os manifestantes caminharam pelo centro da cidade até o Theatro da Paz, um dos símbolos da capital paraense, também vestidos de verde e amarelo e levando faixas com críticas ao governo Dilma e pedidos de impeachment da presidenta.

Em Porto Alegre, houve dois pontos principais de concentração de manifestantes, o Parcão, no bairro Moinhos de Vento, e o Parque da Redenção. De acordo com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, até as 17h, cerca de 100 mil pessoas haviam participado dos protestos na capital gaúcha. A polícia não registrou incidentes. Ainda na Região Sul, 80 mil pessoas se reuniram na Praça Santa Andrade, em Curitiba, e seguiram para o Centro Cívico, onde o protesto deve se encerrar. Assim como nas outras cidades, a manifestação não tem registro de violência.

No Nordeste, foram registrados protestos no Recife, em Salvador, em Aracaju e em outras capitais.

Manifestação no Rio de Janeiro reúne milhares de manifestantes na orla da Praia de Copacabana (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

No Rio, calor de 30ºC não impede protesto ao longo da  orla  de  CopacabanaTânia Rêgo/Agência Brasil

Em Fortaleza, a manifestação se concentrou na Praça Portugal, na Aldeota, bairro nobre da capital. A PM estimou em 15 mil pessoas o número de participantes; os organizadores, em 20 mil. Assim como em outros locais do país, a maioria dos participantes vestia roupas com as cores da bandeira brasileira e levantava faixas com frases de rejeição ao PT e à presidenta Dilma. O ato seguiu pela Avenida Beira-Mar, na Praia de Iracema, e terminou no Jardim Japonês, na Avenida Beira-Mar, onde os participantes cantaram o Hino Nacional e trechos da música Pra não Dizer que não Falei das Flores, de Geraldo Vandré, considerada símbolo da resistência contra a ditadura militar.

No Rio de Janeiro, a primeira grande manifestação do dia ocorreu na orla da Praia de Copacabana. A polícia não informou os números oficiais, mas, segundo estimativa de organizadores, 15 mil pessoas participaram do ato. As duas pistas da Avenida Atlântica chegaram a ser fechadas no meio da manhã e a passeata recebeu apoio de moradores dos prédios da orla.

À tarde, o local escolhido para a concentração foi a Igreja da Candelária, no centro do Rio. Duas pistas centrais da Avenida Presidente Vargas e a confluência com a Avenida Rio Branco foram fechadas. Acompanhados por carros de som, os manifestantes criticavam o governo e a corrupção. Também havia grupos que defendem a volta dos militares ao poder e marchavam cantando hinos do Exército Brasileiro.

Manifestantes se reúnem na Candelária, no centro do Rio, para um novo protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff (Tânia/Regô/Agência Brasil)

        À tarde, houve novo protesto na Candelária,

        no centro do Rio   Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em parte do país, as manifestações foram feitas de manhã, como em Brasília, onde o protesto juntou 45 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo estimativa oficial. Com faixas pedindo desde o fim da corrupção ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, os manifestantes caminharam pela avenida e se posicionaram em frente ao Congresso Nacional. Uma enorme bandeira do Brasil foi estendida e os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Algumas pessoas chegaram a entrar no espelho d'água do prédio.

Em Belo Horizonte, cerca de 24 mil pessoas se reuniram na Praça da Liberdade. A manifestação seguiu até por volta das 13h, quando os manifestantes se dispersaram sem ocorrências que merecessem registro da Polícia Militar.

 

 

Agência Brasil

 

Dia Mundial do Consumidor: entidade destaca avanços e cobra mais fiscalização

 

Da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

Consumidores fazem compras em supermercado

Órgãos de Defesa do Consumidor recomendam pesquisa de preços antes de fazer comprasArquivo/Agência Brasil

Ao longo de 25 anos do Código de Defesa do Consumidor, o cidadão ficou mais consciente de seus direitos na hora de comprar produtos e serviços e quando precisa reclamar de algum problema no processo. A opinião é da coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci. No Dia Mundial do Consumidor, comemorado neste domingo (15), ela alertou, no entanto, que é preciso mais fiscalização e punição às empresas que desrespeitam os direitos dos consumidores.

“Quando se sentem lesados, os consumidores reclamam pessoalmente, pela internet, gritam nas redes sociais. Isso faz a diferença. As empresas perceberam que o consumidor não aceita mais qualquer resposta, e corre atrás de seus direitos”, disse Maria Inês. Contudo, acredita a coordenadora da Proteste, muitas empresas ainda são resistentes em atender ao Código de Defesa do Consumidor. “É preciso que haja punições mais efetivas e uma fiscalização eficiente".

Para ela, a segurança dos produtos foi outro ponto que avançou. “Conseguimos fazer com que os produtos passassem por avaliações periódicas. Hoje temos carros, eletrodomésticos e muitos outros itens de consumo mais seguros no país. Logo no começo da Proteste, tínhamos muitos produtos que traziam problemas graves para o consumidor, e isso mudou”, disse.

Segundo Maria Inês, a lei do comércio eletrônico também trouxe mais rigor para as compras pela internet. Antes da legislação, os consumidores que se sentiam prejudicados nas compras online precisavam se apoiar no Código de Defesa do Consumidor, sancionado em setembro de 1990, e que entrou em vigor em 1991, uma época em que comprar pela internet estava longe de ser realidade.

“A lei regulou as centenas de sites que oferecem produtos e serviços. Eles ficaram obrigados a fornecer CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica], endereço físico, além de um canal de atendimento válido para o consumidor. Isso tornou mais rígido o acompanhamento e facilitou as reclamações, as denúncias”, disse. Para ela, o próximo passo é regulamentar o Marco Civil da Internet, para garantir a segurança dos dados dos consumidores.

Plano de Saúde

Pelo terceiro ano seguido, planos de saúde lideram queixas dos consumidores Arquivo/Agência Brasil

Apesar dos avanços, os consumidores ainda enfrentam muitos problemas com produtos e serviços, indica o ranking de atendimentos do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), divulgado neste mês.
Em 2014, pelo terceiro ano consecutivo, os planos de saúde mantiveram a liderança dos temas mais demandados pelos clientes. O balanço anual informa que o percentual de atendimentos sobre planos de saúde caiu em relação a 2013 de 26,66% para 19,83%, mas o assunto segue como campeão de insatisfação. Segundo o Idec, reajustes abusivos e negativa de cobertura também continuam entre os aborrecimentos mais frequentes.

O segmento de serviços financeiros manteve-se como o segundo assunto mais demandado ao Idec, com 15,33% dos registros. O setor de telecomunicações saiu da quarta para a terceira posição, com 13,71% dos atendimentos. O segmento inclui as dúvidas e queixas sobre telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e banda larga. Houve uma troca de posição com o tema produtos, que agora figura na quarta colocação, com 12,72% das demandas. Ele engloba eletroeletrônicos, alimentos e medicamentos, por exemplo. Juntos, os quatro assuntos representam 61,59% dos atendimentos feitos pelo Idec em 2014.

Para a consultora em marketing digital e-commerce e em comportamento do consumidor Fátima Bana, o Dia Mundial do Consumidor é importante para concientizar os cidadãos para um consumo consciente. Segundo ela, diversas lojas de varejo programam para a próxima quarta-feira (18) uma série de promoções, para marcar a data, mas é preciso ficar atento.

“É importante que o consumidor aprenda a pesquisar. Se vai ter um momento de promoções no varejo, olhe uma semana antes, verifique se o preço não passou por ocasião, se não é tudo pela metade do dobro do preço, se não é um produto que estava alto ontem e ficou mais barato hoje. Ver questões de frete, parcelamento”, recomenda.

 

Agência Brasil

 

Governo está atento às ruas, declara Cardozo - Crédito: Mauro Schaefer

Governo está atento às ruas, declara Cardozo

Ministro da Justiça informou que Dilma deve anunciar reformas nos próximos dias

    Geral

    RS terá predomínio de sol e calor nesta segunda-feira

      Em meio às críticas ao governo, manifestantes defenderam diferentes bandeiras - Crédito: Mauro Schaefer

      Manifestações

      Protesto em Porto Alegre tem discursos opostos

        Ao menos três foram agredidos verbalmente ao circular no Parque da Redenção - Crédito: Samuel Maciel

        Pessoas identificadas com PT são hostilizadas

          Protesto reúne 100 mil pessoas em Porto Alegre - Crédito: Mauro Schaefer

          Protesto reúne 100 mil pessoas em Porto Alegre, segundo BM

            Protestos marcam domingo na região Metropolitana - Crédito: Stephany Sander / Especial / CP

            Protestos marcam domingo na região Metropolitana

            Ao completar três anos, Museu da Diversidade Sexual reedita primeiras exposições

             

            Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil Edição: Lana Cristina

             Museu da Diversidade Sexual reedita primeiras exposições( Rodrigo Paes /Divulgação)Museu da Diversidade Sexual reedita primeiras exposições Rodrigo Paes /Divulgação

            No mês em que comemora seus três anos de criação, o Museu da Diversidade Sexual reedita suas primeiras exposições: A Homofobia Fora de Moda, de 2011; Laços Afetivos, de 2012; e Cartão Vermelho para Homofobia, de 2014.

            As três mostras foram montadas a partir de concursos que estimulavam estilistas, designers e artistas a desenharem uma estampa relacionada ao tema da exposição para que fosse impressa em camisetas a serem expostas no museu. Estão expostas nos quadros 39 estampas de artistas como Dudu Bertholini.

             Museu da Diversidade Sexual reedita primeiras exposições ( Murillo Chibana/Divulgação)Museu da Diversidade Sexual reedita primeiras exposições Murillo Chibana/Divulgação

            “A gente juntou esse três concursos, fez uma releitura e, em vez de estampa de camiseta, elas foram transformadas em quadros, como se fossem uma obra de arte”, destaca o diretor do museu, Franco Reinaudo.

            Os concursos foram idealizados em parceria com o grupo Casa de Criadores, que promove eventos de moda, com o objetivo de estabelecer uma cooperação entre o Poder Público e a indústria da moda. A exposição ocorre até 3 de maio na Estação República do Metrô, das 10h às 20h.

             

            Agência Brasil

             

             

            Exposição mostra a vida no Bom Retiro na década de 1970

            Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

             Exposição mostra a vida no Bom Retiro na década de 1970

            Macaro é um dos pioneiros da foto artística no Brasil, diz  o  curador  da  mostra       Divulgação/Pinacoteca

            O Bom Retiro e a Luz, bairros da região central da cidade de São Paulo, na década de 1970, são o tema da exposição do fotógrafo Cristiano Mascaro em cartaz na Pinacoteca de São Paulo. A série de 41 fotos da época foi encomendada pela direção do museu como uma forma de aproximar a instituição da vizinhança.
            “Até hoje, a gente tem um certo afastamento do nosso entorno. Hoje em dia tem uma cracolândia, outras características. Mas o Bom Retiro em si, foi sempre um bairro meio migrante. Até nas fotos a gente sente que ainda permanecem algumas características que são comuns”, dlz o curador da exposição, Pedro Nery, sobre as características do bairro e a relação com a Pinacoteca.

            As ruas, que lembram as de cidade do interior, são mostradas por meio de um olhar que mistura o fotojornalismo com tendências mais geométricas e abstratas. “Tem hora que as fotos beiram a abstração total e parece que olhar geométrico se coloca à frente do conteúdo da foto, que saí um pouco do fotojornalismo. E, às vezes, é uma combinação excelente entre geometria e o aspecto do instantâneo, o flagrante que é muito importante para o fotojornalismo”, comenta Nery.

            O conjunto, o primeiro da coleção fotográfica da Pinacoteca, tem uma unidade que se relaciona a reportagem, mas com uma conotação subjetiva, que flerta com a crônica. “O fotojornalismo tem um pouco isso, a ideia de uma reportagem fotográfica que é muito importante para essa geração de fotojornalistas que atravessaram as décadas de 1960 e 1970. É uma espécie de crônica não textual, visual”, acrescenta o curador.

            A combinação de influências, explica Nery, caracteriza a própria carreira de Mascaro, que, como muitos de sua geração, começou no fotojornalismo e passou a trabalhar em linguagens específicas da fotografia. “Ele é um dos pioneiros da foto artística. E tem esse forte vínculo com a década de 1970 de trazer os aspectos cotidianos”, informa Nery sobre o fotógrafo, que começou a carreira em 1968 na revista Veja.

            A interação dos estilos pode ser vista, por exemplo, na foto de uma escultura retratada em um ângulo em que a mulher parece olhar de soslaio. “A escultura parece que ganha movimento. Parece que é uma pessoa olhando meio de lado. Dá uma espécie de humanizada na escultura”, diz o curador, ao lembrar também da luz pictórica da fotografia em que um homem lê o jornal. O flagrante ganha ares de pintura pela divisão diagonal do quadro.

             Exposição mostra a vida no Bom Retiro na década de 1970

            Pedro  Nery  vê  sugestão  de  movimeto  na  foto  de

            uma  escutura  de  mulher    Divulgação/Pinacoteca

            Além das 41 imagens originais, podem ser vistas em uma vitrine no centro da exposição nove fotos que não entraram na primeira seleção do fotógrafo. Elas foram integradas ao acervo do museu depois de uma nova ampliação do ensaio feita em 2002.

            A exposição vai até o dia 29 deste mês.

             

            Agência Brasil

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