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Dilma diz que Orçamento terá contingenciamento "significativo"

Na semana em que o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Geral da União, a presidenta Dilma Rousseff informou que o governo fará um contingenciamento “significativo” nos recursos previstos. Segundo ela, é preciso fazer cortes para cumprir a meta do superávit primário.

A presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de assinatura de medida provisória para modernizar a gestão e a responsabilidade fiscal do futebol brasileiro, no Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil)

Ajuste fiscal é fundamental para alcançar 1,2% de superávit primário, diz presidenta  José Cruz/ABr

“Tivemos, agora, aprovado nosso orçamento. Assim que sancionado, vamos fazer um contingenciamento que será significativo. Não será um pequeno contingenciamento”, disse hoje (20) a presidenta, durante entrevista a jornalistas após participar de cerimônia no Rio Grande do Sul.

“É fundamental que tratemos do contingenciamento, porque temos um objetivo, que é fazer 1,2% de superávit primário. Para fazer isso, contamos com as medidas que enviamos ao Congresso e também com um processo de redução dos nossos gastos, o que só pode ser feito depois do orçamento aprovado.”

O Orçamento da União foi aprovado com quase três meses de atraso. A proposta deveria ter sido votada no fim do ano passado, para vigorar a partir de 1º de janeiro. Por falta de acordo, a votação foi adiada várias vezes. Até a sanção da proposta orçamentária para 2015, o governo continuará usando um doze avos para custeio e despesas permanentes.

Dilma Rousseff voltou a defender agilidade na aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo. De acordo com a presidenta, a aprovação é imprescindível para o país e permitirá que o governo, a economia e a sociedade saiam de uma situação de maior restrição.

“É necessário que se aprove o ajuste fiscal e que a gente use o orçamento aprovado para fazer o contingenciamento. A parti daí, todas as demais medidas serão tomadas."

 

 

Agência Brasil

 

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Intenção de consumo das famílias tem queda de 6,1% em março

Seis dos sete quesitos pesquisados estão nos menores valores (emprego atual, renda atual, compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis)
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu em março deste ano, pelo segundo mês consecutivo, o menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 2010, ao registrar quedas de 6,1% em relação a fevereiro último e de 11,9% em relação a março de 2014. O indicador fechou março em 110,6 pontos e permanece ainda acima da zona de indiferença (100 pontos), indicando um nível ainda favorável.
As informações sobre o ICF foram divulgadas nesta quinta-feira (19), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Seis dos sete quesitos pesquisados estão nos menores valores (emprego atual, renda atual, compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis).
O único item que não atingiu a mínima histórica refere-se à perspectiva profissional. Mas, segundo a CNC, esse item também apresentou recuo de 3,7% em relação ao mês anterior e de 6,3% em relação a março do ano passado.
Para a economista da CNC Juliana Serapio, o cenário verificado em fevereiro é semelhante ao dos últimos meses do ano passado, principalmente dezembro.  “O cenário é o mesmo de dezembro do ano passado: inflação e juros em alta e baixa oferta de emprego, o que torna o consumidor mais cauteloso”.
Serapio acredita que a tendência é que o quadro venha a se agravar. “Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados [Caged], do Ministério do Trabalho vêm mostrando redução do emprego formal, principalmente no setor do comércio, o que mais gera emprego. Isso torna as pessoas cada vez mais inseguras”, disse.
Fonte: Agência Brasil - 19/03/2015 e Endividado

 

 

Dólar sobe e fecha em R$ 3,305, o maior valor em quase 12 anos

por DANIELLE BRANT

O dólar atingiu R$ 3,30 nesta quinta (19) e fechou no maior valor em quase 12 anos com a tensão crescente entre o governo e o Congresso Nacional. Após a demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação os investidores temem que fique cada vez mais difícil aprovar um ajuste nas contas do governo.
O episódio ajudou a reverter a euforia da véspera. A moeda americana havia tido forte baixa devido à leitura de que o Federal Reserve (BC dos EUA) deverá atrasar para setembro e fazer em ritmo mais gradual o aumento nos juros. Nesta quinta, porém, aumentou o coro daqueles que discordam dessa visão, veem sinais contraditórios emitidos pelo Fed e esperam uma alta mais rápida das taxas.
No Brasil, o agravamento da crise política se somou às dúvidas sobre o futuro das intervenções do Banco Central no câmbio e fez a moeda americana se valorizar mais fortemente do que em outros países. Entre as moedas emergentes, o real foi a que mais se desvalorizou em relação ao dólar, segundo a Bloomberg.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou esta quinta em alta de 1,19%, a R$ 3,305, o maior valor desde 1º de abril de 2003. O dólar comercial teve valorização de 2,58%, para R$ 3,296, também no maior patamar desde 1º de abril de 2003. Na máxima, a moeda atingiu R$ 3,307.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 1,11%, a 50.953 pontos, quebrando uma sequência de três altas. Das 68 ações negociadas, 46 caíram, 20 subiram e duas se mantiveram inalteradas.
CRISE POLÍTICA
A avaliação inicial dos analistas foi de que a demissão de Cid Gomes aceleraria a reforma ministerial que o governo estaria pensando em fazer para agradar sua base de aliados no Congresso. "Isso seria positivo para o governo, pois poderia melhorar a articulação com a base aliada", diz Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos.
Ainda durante a manhã, porém, a presidente Dilma Rousseff descartou fazer uma reforma ministerial e afirmou que não usará um critério partidário para nomear o substituto de Cid Gomes na Educação.
"A decisão pode causar mais fragilidade da articulação política em um cenário já desafiador", ressalta Rey. "Agora, a moeda retoma uma tendência de alta que deve se manter no curto prazo", completa.

ATUAÇÕES DO BC

As dúvidas sobre o fim do programa de intervenção do Banco Central também pesaram na alta da moeda americana. Na quarta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária ainda não definiu sobre a continuidade das intervenções no mercado de câmbio por meio do programa de leilões de contratos de "swap cambial" (que equivalem a uma venda futura de dólares).
"O término do programa tende a gerar uma pressão adicional de alta sobre o dólar. Isso deve ser definido no dia 24, quando o Tombini comparecerá no Senado. O fim do programa, na nossa avaliação, é bastante provável", diz Ignácio Rey, da Guide.
No mercado brasileiro, Banco Central deu sequência nesta quinta às vendas de contratos de swap cambial que tem sido feitas normalmente, segundo programa de intervenções no mercado já em vigor.
EUA
A alta do dólar ocorreu na contramão da maioria das principais moedas emergentes, que se apreciaram em relação à divisa americana ainda sob efeito da ata do Fed (BC dos EUA). Das 24 principais moedas emergentes, 17 se valorizaram ante o dólar nesta sessão.
Na quarta-feira, o Fed indicou preocupação com o crescimento moderado da economia americana e sinalizou que só elevará as taxas de juros quando sentir uma recuperação sólida dos Estados Unidos.
"Os mercados receberam bem a indicação de que, quando o Fed começar a subir os juros, vai fazer isso de uma forma responsável, e não brusca, o que poderia causar muita instabilidade no mercado", diz André Moraes, analista da corretora Rico.
Nesta quinta, foram divulgados dados de auxílio-desemprego nos EUA, mostrando que os pedidos cresceram levemente na semana passada. Isso indica que o mercado de trabalho americano continua em terreno sólido, apesar da desaceleração no crescimento econômico.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram de 290 mil para 291 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira.

BOLSA

A tensão política impactou a Bolsa nesta sessão, embora os investidores também tenham aproveitado para embolsar lucros obtidos nos três pregões anteriores.
Destaque para as ações da Petrobras, que fecharam em baixa após três altas fortes. Os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, caíram 3,99%, para R$ 8,90. As ações ordinárias, com direito a voto, sofreram desvalorização de 4,40%, para R$ 8,69.
A queda das ações acompanhou a desvalorização do preço do petróleo no mercado externo.
Vale e siderúrgicas foram afetadas pela desvalorização do preço do minério de ferro no exterior. As ações preferenciais da Vale caíram 1,07%, para R$ 16,60. As ações ordinárias tiveram baixa de 2,25%, para R$ 19,15. O minério caiu pelo terceiro dia seguido e já acumula desvalorização de 4,6% na semana.
Fonte: Folha Online - 19/03/2015 e Endividado

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