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Com alta da Selic, juros para pessoa física podem subir até 1,31%

A taxa média de juros para pessoa física pode subir até 1,31% em 2015, passando de 108,08% para 109,5% ao ano, segundo estimativas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O cálculo foi feito levando em conta a expectativa do mercado de que a Selic, taxa básica de juros da economia, chegará a 12,5% até o fim do ano. Segundo a Anefac, o efeito nas operações de crédito é "muito pequeno" porque há um "deslocamento grande" entre a Selic e as taxas de juros cobradas dos consumidores.

Na quarta-feira (21) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) confirmou as previsões de analistas e investidores e aumentou a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,25% ao ano. Levando em conta esse patamar, a Anefac estima que os juros médios ao consumidor chegarão a 109,02% ao ano em um primeiro momento, aumentando 0,87%.

Para cálculo da taxa média de juros são usadas projeções dos juros do comércio, do cartão de crédito, do cheque especial, do financiamento de veículos na modalidade Crédito Direto ao Consumidor (CDC), do empréstimo pessoal via bancos e do empréstimo pessoal via financeiras. A previsão da Anefac é que, destes, o maior crescimento das taxas de juros se dará na compra de veículos.

De acordo com a estimativa da associação, com a Selic a 12,25%, os juros anuais para financiar veículos devem subir de 24,46% para 25,05% ao ano, ficando 2,4% mais caros. Se a taxa Selic alcançar o patamar de 12,5%, os juros anuais para comprar carro na modalidade CDC chegam a 25,34% ao ano, um aumento de 3,61% frente aos praticados com a taxa básica a 11,75% ao ano.

Já os juros do cartão de crédito, que são os mais caros do mercado, sofrem o menor ajuste segundo as projeções da Anefac. De 258,26% ao ano, com a Selic a 11,75%, eles iriam para 259,81% ao ano com a taxa básica adotada na semana passada – aumento de 0,6%. Caso a Selic atinja 12,5% ao ano, os juros do cartão de crédito ficariam em 260,58% anuais, com crescimento de 0,9%.

O diretor-executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, explica que o repasse da elevação da taxa Selic ao consumidor pelas instituições financeiras geralmente é imediato. “A taxa de juros sobe, aumenta o custo de captação dos bancos e eles repassam. O efeito sobre a demanda e a queda da inflação é que demora”, comenta. De acordo com o BC, o aumento da taxa leva cerca de seis meses para surtir os efeitos desejados, de desaceleração do consumo e recuo da inflação.

 

Agência Brasil

 

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Homenagem em família na Assembleia leva PT a convocar a Executiva | Foto: Marcos Eifler / AL / Divulgação / CP

 

 

 

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Obama quer aumentar pressão sobre a Rússia | Foto: Prakash Singh / AFP / CP

 

Escola do governo formará agentes para lidar com jovens em conflito com a lei

 

Helena Martins - Repórter da Agência Brasil * ** Edição: Armando Cardoso

jovem em conflito com a lei

A escola permitirá ao jovem em conflito com a lei a garantia de acesso a políticas públicas, entre elas a educaçãoMarcello Casal Jr/Agência Brasil

Cerca de 20 mil agentes públicos que atuam no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) trabalham, diariamente, com jovens em conflito com a lei e, por isso, cumprem medidas socioeducativas de meio aberto, restritivas ou privativas de liberdade. Uma convivência que, muitas vezes, é difícil e enfrenta resistências de ambos os lados.

Os desafios para a efetivação da socioeducação são diversos, incluindo aos adolescentes a garantia de acesso a políticas como educação, fim das violações e construção de uma cultura de direitos. Em 2014, apenas em Fortaleza ocorreram 15 rebeliões nas unidades do sistema, conforme o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca – CE).

Diante desse cenário e com o objetivo de melhorar o serviço nos estados, foi criada a Escola Nacional do Socioeducativo. Ela terá como papel oferecer formação continuada a trabalhadores do Sinase em todo o país, com conteúdos teóricos e práticos padronizados e pautados pela perspectiva dos direitos humanos.

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), em 2012 o sistema comportava 20.532 adolescentes em restrição e privação de liberdade e 88.022 em meio aberto, ou seja, que prestam serviços à comunidade ou estão em liberdade assistida.

“A gente fica na nossa e também não espera nada deles. Só o serviço que eles têm de fazer. Não os olhamos como amigos nem inimigos. É cada um no seu canto”, disse o adolescente D.S.**, que está há um ano e dois meses na Unidade de Internação de Planaltina, cidade satélite do Distrito Federal.

“Respeitamos e somos respeitados. O respeito acaba quando um excede. Uma das partes se altera e aí acaba o respeito. Sobra para nós. Nosso direito acaba quando começa o deles, mas o deles não acaba", afirmou T.L.**, há um ano e dez meses na unidade.

jovem em conflito com a lei

a formação de profissionais ajudará a mudar o sistema de atendimento ao jovem em conflito com a leiMarcello Casal Jr/Agência Brasil

Agente de Reintegração Social há cinco anos, Igor Lopes, 32, conta que o dia a dia da unidade não enfrenta maiores turbulências, mas ressaltou que os problemas acontecem. “A maior parte da rotina é tranquila, mas tem momentos em que há maior tensão aqui. Por alguns fatores, a relação entre a gente e os internos fica mais difícil”. Ele lembrou que, quando assumiu o cargo, teve pouco tempo de preparo.

“Passamos no concurso e não tivemos um curso de capacitação com tempo maior, com maiores técnicas de defesa pessoal ou de aulas teóricas para utilização no Sistema Socioeducativo. Foi um curso de apenas uma semana e entramos no sistema”.

Lucas Jacobina trabalha desde 2010 como agente de reintegração social. Ao ingressar no sistema, ele contou com a ajuda de colegas mais experientes. “No começo, tive um pouco de receio, porque quem está de fora não imagina como é o clima aqui dentro. Tive sorte pelos muitos parceiros bons, que já trabalhavam há mais tempo e ensinaram bem o serviço. Depois que aprendemos o serviço, percebemos que não é essa coisa de outro mundo”.

Para José Carlos Amaral e Márcio Saldanha, o preparo realmente é insuficiente. Também agentes do Sistema Socioeducativo do DF, eles criaram um curso para reforçar conhecimentos de segurança protetiva aos colegas de profissão. “A segurança protetiva significa preservar a harmonia social e a integridade física daquele que lhe agride”, salientou Saldanha.

Assistente social, Ludmila Pacheco trabalha há mais de 20 anos com jovens em conflito com a lei. Ela acredita que a formação poderá mudar a situação do sistema. “Quando você trabalha com uma questão como a violência, com a produção da violência, é preciso ter preparo técnico. O preparo tem de começar do ponto de vista filosófico até as técnicas de atuação cotidianas”, informou.

Segundo ela, essa será uma oportunidade de promover entendimentos sobre o sistema e dialogar com a população que acredita na punição como forma de prevenir e controlar o delito. “O Estatuto [da Criança e do Adolescente] traz outro conceito. A forma de reverter o delito é sim pela privação, que é punitiva, porém pelo processo socioeducativo. Pouca gente entende o processo socioeducativo. A escola veio suprir isso”.

Até a criação da escola, cabia aos estados a tarefa de formar trabalhadores. Cada unidade da Federação organizava e ofertava cursos próprios, muitas vezes sem aliar teoria e prática ou estabelecer leituras mais aprofundadas sobre a situação dos adolescentes que cumprem as medidas, acrescentou Ludmila.

A partir de agora, a escola organizará cursos com base em três núcleos de conteúdos. O Núcleo Básico compreende discussões sobre adolescência e juventude, políticas públicas e marco legal da socioeducação no Brasil, metodologia do atendimento socioeducativo e parâmetros de segurança no atendimento, enquanto o Núcleo Específico será focado em discussões teóricas voltadas para demandas de cada localidade. Já o Núcleo de Especialização promoverá o aprofundamento de conhecimentos sobre prática socioeducativa.

Coordenador nacional do Sinase, Cláudio Augusto Vieira da Silva disse que a formação padronizada “é uma proposta antiga dos profissionais, que querem melhor qualificação, mais preparo e entendimento da natureza do atendimento socioeducativo”.

De acordo com ele, os primeiros cursos serão ofertados em abril, em parceria da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República com a Universidade de Brasília (UnB). Os sete módulos do Núcleo Básico serão oferecidos a distância e gratuitamente para funcionários do Sistema Socioeducativo.

A expectativa é que, em maio, seja aberta a primeira turma de especialização em socioeducação, também voltada aos trabalhadores do Sinase.

 

 

Agência Brasil

 

 

Especialistas dão dicas para evitar afogamentos de crianças no verão

 

Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo

A morte de três crianças entre 4 e 11 anos em uma piscina na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, acendeu o alerta para casos de afogamentos, principalmente, no verão. Segundo dados do Ministério da Saúde, essa é a primeira causa de morte de pequenos entre 1 a 4 anos e a segunda entre 5 e 9 anos, atrás apenas de acidentes de trânsito. Com campanhas no ar, organizações alertam para os cuidados que pais e responsáveis devem ter em casa, nas piscinas, em rios e no mar.

Um dos maiores especialistas em afogamentos, o médico David Szpilman, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e do Hospital Municipal Miguel Couto, chama atenção para as piscinas. A principal recomendação é para que os pais se mantenham a, no máximo, um braço de distância dos filhos pequenos. “A supervisão tem que ser 100% do tempo”, frisou.

Quem tem piscina em casa deve instalar uma grade em volta, dois ralos para evitar sucção, além de ter um telefone bem próximo, para que seja possível pedir ajuda em emergências.

Com o aumento do número de guarda-vidas e de placas com orientações sobre as condições do mar, Szpilman avalia que o número de casos de afogamento nas praias caiu muito nos últimos anos. Hoje, segundo ele, o maior número de vítimas está entre aquelas que “sabem nadar”. Esta semana, cinco adolescentes de uma mesma família se afogaram em uma praia na cidade de São José de Ribamar, no Maranhão. Quatro deles foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros e foram encaminhados ao hospital municipal. Um dos jovens, de 18 anos, continua desaparecido.

De acordo com o especialista, os cuidados devem ser redobrados onde não há profissionais para o socorro imediato. É o caso de áreas naturais, como rios, cachoeiras, lagos e represas. “A partir dos 10 anos os afogamentos acontecem em águas naturais. A aparência do lugar pode ser de calma, de água tranquila, mas, na prática, pode revelar grandes perigos, como a correnteza e a profundidade, que não são visíveis”, destacou o diretor médico da sociedade de salvamento.

Em casa, o pais também não podem descuidar. A caixa d'água e o vaso sanitário devem permanecer tampados e as banheiras, em hipótese nenhuma, devem ser deixadas cheias. A organização não governamental Criança Segura lembra que afogamentos podem acontecer empequenas quantidades de água, de até dois dedos. Para alertar as famílias, especialistas da sociedade de salvamento fizeram vídeos com medidas que devem ser tomadas para evitar acidentes no mar ou em águas naturais, principalmente, no verão, época que concentra quase a metade dos afogamentos no ano.

Dicas de segurança

Piscina
Crianças devem sempre ser supervisionadas por um adulto, quando próximas à água. Instale cercas de isolamento, com, no mínimo, 1,5 metro de altura ou dispositivos de segurança em todos os lados da piscina. No caso de piscina infantil, esvazie-a imediatamente após o uso. Ela deve ser guardada fora do alcance das crianças.

Banheira
Um simples descuido pode causar morte por afogamento, por isso, sempre supervisione uma criança tomando banho.

Área externa
Baldes, bacias, caixas d’água e cisternas: esvazie todos os baldes e embalagens, guarde-os virados para baixo e fora do alcance das crianças. Em caso de caixa d’água e cisternas, mantenha sempre com a tampa e amarrada ao reservatório.

Fonte: Mapeamento da Ação Finalística Evitando Acidentes na Primeira Infância (2014)

 

Agência Brasil

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