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terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Copa do Mundo: duelo eletrizante entre França e Argentina foi a maior final da história?

 Comentaristas avaliam se título de Lionel Messi diante de um imparável Mbappé superou as outras decisões em qualidade e dramaticidade

Seis gols, chances perdidas de lado a lado, dois craques em seu mais alto nível, e a consagração de um dos maiores jogadores da história do futebol: Lionel Messi. Esses foram alguns dos ingredientes que levantaram o debate se o duelo entre França e Argentina no Catar pode ser considerado a maior final da história das Copas do Mundo. O Correio do Povo conversou com os jornalistas Hiltor Mombach, Carlos Guimarães e Cristiano Oliveira para debater se este jogo é, de fato, o maior das histórias do Mundial

Na opinião do coordenador de esportes da Rádio Guaíba, Cristiano Oliveira, por tudo que o duelo envolveu e o alto patamar técnico, o jogo se sagrou sim como a maior final da história. "Foi a melhor final da história das Copas. Tivemos duas seleções jogando para frente. Dois camisas 10 fazendo gol, extraordinário e aparecendo. Jogo com emoção até o último minuto. Tudo isso e por um cara chamado Lionel Messi, que passou Maradona, a final se coloca como a principal e melhor da história das Copas", resumiu. "Temos que marcar a data na memória. Messi passou Maradona definitivamente e só está abaixo de Pelé". 

Algumas marcas quebradas pela final entre França x Argentina

- Primeiro título de Messi em uma Copa do Mundo
- Primeiro hat-trick numa final de Copa do Mundo (Mbappé) desde 1966
- Messi foi o primeiro jogador eleito melhor de dois mundiais (2014 e 2022)
- Mbappé terminou com artilheiro da Copa

Oliveira relembrou outras partidas como Inglaterra e Alemanha, em 1966, Brasil e Suécia, em 1958, e Brasil e Itália, em 1970, como bons jogos valendo a taça do mundo. No entanto, ele reitera que os jogos acabaram sendo marcados por um predomínio amplo de um dos lados. "A final de 70 na Itália foi a maior atuação individual de um time na história. O Brasil espancou a Itália. Em 66, a prorrogação foi um jogo de um time só", pontua. Em quesito emocional, ele relembra 1994, que o Brasil venceu nos pênaltis a Itália. Entretanto, tecnicamente, o jogo foi "fraquíssimo". "Até pelo calor, a situação era quase desumana e por isso o duelo deixou a desejar". 

O colunista do Correio do Povo, Hiltor Mombach, confessa que como confronto o duelo "talvez" tenha sido o maior de todos os tempos. Pela qualidade e pelo alto número de gols. Porém, ele reconhece que, por não estar envolvido emocionalmente com o duelo, sentiu falta de dramaticidade". "Como confronto talvez tenha sido. Assistir uma final envolvendo o Brasil é uma coisa diferente. Vi mais dramaticidade, por exemplo, apesar da facilidade, em 2002, em Brasil x Alemanha. Em 1970, eu era jovem ainda, vi mais dramaticidade também. Embora os dois jogos tenham ocorrido com maior facilidade. Mas é por que eles tocavam a mim como torcedor da Seleção Brasileira. Seleção do meu coração. Para quem eu torço. Olhando o jogo de fora, isso impacta no emocional", sintetizou. 

O tom emocional da decisão ficou por conta de Lionel Messi. Mombach enalteceu a capacidade de Messi de aglutinar a torcida de todos. "Vi muitos dizendo que não vão torcer para a Argentina e sim para o Messi. É uma contradição incrível, mas acabei envolvido nessa circunstância. Acabei envolvido nesta batida. O Messi é elogiável, sua postura, nessas décadas. É uma postura de um cidadão que eu diria quase humilde. Ele é incapaz de uma grosseria. Temos uma admiração mundial sobre o Messi". O colunista pediu para que ele não abandone a Seleção e siga até os 40 anos. "Ele comemorou como uma criança. Precisamos de jogadores assim. Não só referência técnica, e sim como ser-humano". 

Na visão do jornalista Carlos Guimarães, o embate entre França e Argentina entrou para o hall de maior final da história, superando a final de 1970. Assim como Mombach e Oliveira, Guimarães vê o triunfo de Messi como um dos fatores determinantes para que este jogo seja histórico.

"Principalmente pelo emocional, pela simbologia e por ser a Copa do Messi. O Messi ter conquistado a Copa com tantos componentes (...) teve todo aquele roteiro dramático e o argentino gosta disso. Foi emocionante e torna o título ainda maior. Ele chegou no momento que a Argentina teve risco de até não ir para os pênaltis. Parece até que o Maradona escreveu esta decisão".


Correio do Povo

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