Prefeitura apresenta projeto sobre o Parque Farroupilha e Calçadão do Lami em meio aos protestos da população
A audiência pública híbrida de apresentação do lote 01 do projeto de concessão dos parques de Porto Alegre, formado pelo Parque Farroupilha e Calçadão do Lami, foi marcada por vaias, gritos de insatisfação e muitos cartazes contrários à proposta municipal. O evento ocorreu na sexta-feira, no plenário Otávio Rocha, na Câmara Municipal de Vereadores. Muitas pessoas acompanharam a atividade presencialmente e também de forma virtual. Líderes políticos envolvidos na pauta sentaram à mesa junto com a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, gestora que está à frente do processo, para explicar os pontos da proposta. A deputada federal Fernanda Melchionna foi a única parlamentar federal presente no ato.
Segundo dia sem interrupção virtual
Os dois dias de audiência pública sobre o projeto de concessão dos parques de Porto Alegre foram movimentados. No primeiro, na quinta-feira, um material com imagens de cunho sexual começou a ser exibido no telão do auditório durante o evento e teve que ser apagado. “A informação que tivemos é de que houve uma invasão de hackers”, disse. O tema do primeiro dia foi o lote 02, composto pelo Parque Marinha do Brasil e Trecho 3 da orla do Guaíba.
Com 47 inscritos, a audiência se estendeu até as 22h. Ana Pellini iniciou expondo iniciativas positivas implementadas pela prefeitura.Depois, começou a explanação sobre o plano com minúcias do projeto, que prevê aumentar a iluminação e implementar melhorias avaliadas como necessárias pelo município. “Nosso compromisso em dizer que a entrada continuará gratuita na Redenção e o parque 24h aberto ao público”, anunciou, em meio às vaias do público que ouvia incrédulo às afirmações. Por vezes, a secretária precisou pedir calma para os presentes, reforçando que todos teriam a oportunidade de falar. “Caso não seja possível todos falarem, marcamos mais uma audiência na próxima semana”, prometeu.
Manifestantes que sao contra a concessão dos parques. Foto: Fabiano do Amaral
A previsão orçamentária entre investimentos e custos obrigatórios foi em torno de R$ 120 milhões. O ponto que provocou grande exaltação do público foi o anúncio do estacionamento. “O polêmico estacionamento dentro das adequações previstas na área, basta ler o edital”, disse.
Integrante do movimento Coletivo Preserva Redenção,a autonôma Ingrid Moldt,carregava consigo um cartaz com a mensagem “SOS Redenção”. “O poder público não pode entregar para o setor privado a administração e a manutenção de um parque que tem Patrimônio Histórico cultural, é tombado e tem muita fauna e flora que precisa ser preservada'', entende, temendo que “o lucro se sobreponha em detrimento à ecologia”, com a concessão..
A secretaria estima que, se aprovado, o começo das obras deve ser em 2024.
Correio do Povo
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