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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Em carta, Arminio, Bacha e Malan alertam Lula para risco fiscal

 Economistas, que declararam apoio ao petista no segundo turno, rebatem críticas sobre teto de gastos e mercado financeiro

Os economistas Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, que durante o segundo turno das eleições presidenciais divulgaram uma nota conjunta em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, publicaram nesta quinta-feira uma carta aberta endereçada ao presidente eleito em que rebatem críticas do petista ao teto de gastos e ao mercado financeiro. O texto foi publicado no jornal Folha de S.Paulo.

Durante participação na 27ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), também nesta quinta, Lula disse ser preciso "pensar em responsabilidade social", e não apenas fiscal, e que "não vale a pena recuperar" o Brasil se "não resolvermos os problemas sociais". "Para cumprir o teto fiscal, geralmente é preciso desmontar políticas sociais e não se mexe com o mercado financeiro. Vai aumentar o dólar e cair a Bolsa? Paciência. Mas o dólar não aumenta ou a Bolsa cai por causa das pessoas sérias, e sim dos especuladores", disse o presidente eleito.

Arminio, Bacha e Malan afirmam na carta, intitulada "Vai cair a Bolsa? Aumentar o dólar? Paciência?", compartilhar das preocupações sociais e civilizatórias do petista, mas argumentam que a falta de responsabilidade fiscal afeta, principalmente, os mais pobres.

Segundo eles, a alta do dólar e a queda da Bolsa não são produto da ação de "especuladores mal-intencionados" e o teto de gastos "não tira dinheiro da educação, da saúde, da cultura, para pagar juros a banqueiros gananciosos".

"É preciso que não nos esqueçamos que dólar alto significa certo arrocho salarial, causado pela inflação que vem a reboque. Sabemos disso há décadas. Os sindicatos sabem", escrevem.


Agência Estado e Correio do Povo

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