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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Rússia ataca depósito de combustíveis na Ucrânia e alerta para escalada da guerra

 Bombardeios destruíram, neste domingo, um depósito com quase 100 mil toneladas de combustíveis



Os ucranianos continuam enfrentando grandes cortes de energia elétrica devido aos bombardeios contra as infraestruturas do país por parte das tropas russas, que neste domingo anunciaram a destruição de um depósito de combustíveis da Força Aérea de Kiev.

A operadora nacional ucraniana Ukrenergo efetuou neste domingo uma série de cortes de energia em Kiev para "estabilizar" o abastecimento, informou a empresa privada de energia elétrica DTEK.

As interrupções que afetam vários bairros da capital ucraniana de forma alternativa, não deveriam durar mais de quatro horas, segundo a DTEK, mas a empresa não descartou a possibilidade de cortes prolongados "de acordo com magnitude dos danos" provocados pelos ataques de Moscou. O governo ucraniano anunciou no sábado que mais de um milhão de casas estavam sem energia elétrica no país.

A Rússia intensificou os bombardeios contra a rede de energia elétrica ucraniana há mais de uma semana e destruiu um terço das infraestruturas do setor, a poucas semanas do início do inverno. As autoridades de Kiev pediram aos cidadãos e às empresas que reduzam o consumo.

Depósito de combustíveis destruído

Os bombardeios destruíram, neste domingo, um depósito com quase 100.000 toneladas de combustíveis destinados à Força Aéreas ucraniana na localidade de Smela, na região de Cherkasy (centro), anunciou o ministério russo da Defesa em um comunicado. Os russos também atacaram vários depósitos de munição e um depósito com diesel para veículos militares.

No âmbito do diálogo internacional, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoimu, conversou por telefone com o ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu, o ministro da Turquia, Hulusi Akar, e, fato incomum, com o ministro do Reino Unido, Ben Wallace, para falar sobre o conflito na Ucrânia, anunciou o exército russo.

Durante a ligação com Lecornu, o ministro russo alertou que a situação na Ucrânia "tende a uma escalada maior e fora de controle", segundo um comunicado. Shoigu expressou preocupação aos colegas com "as possíveis provocações da Ucrânia com o uso de uma 'bomba suja'".

Lecornu recordou que a "França rejeita qualquer forma de escalada, especialmente a nuclear." Na sexta-feira, Shoigu falou por telefone com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.

Regiões de fronteira em alerta

A Rússia enfrenta atualmente uma grande contraofensiva da Ucrânia. Moscou denunciou o "aumento considerável" dos ataques ucranianos contra várias regiões russas na fronteira, incluindo Belgorod, Kursk e Briansk.

Duas linhas de defesa foram construídas em Kursk para enfrentar um possível ataque das forças ucranianas, anunciou neste domingo o governador da região, Roman Starovoit. "Estamos preparados para enfrentar qualquer ataque ao nosso território", disse. O governador da região russa de Belgorod, também na fronteira com a Ucrânia, anunciou no sábado o início da construção de uma linha de defesa.

No sábado, duas pessoas morreram nos ataques ucranianos contra infraestruturas civis na região de Belgorod e quase 15.000 moradores ficaram sem energia elétrica em suas casas por várias horas, afirmaram as autoridades locais.

As autoridades pró-Rússia da região de Kherson (sul da Ucrânia), anexada por Moscou, pediram no sábado que os civis abandonem "imediatamente" a capital regional diante do avanço das tropas de Kiev.

Desde quarta-feira, as autoridades designadas por Moscou organizam operações de retirada para a margem esquerda do rio Dniepr, no limite de Kherson. Uma pessoa morreu neste domingo nesta cidade na explosão de uma bomba de fabricação caseira, anunciaram as autoridades pró-Rússia. Kherson foi a primeira grande cidade ucraniana tomada pelos russos no início de sua ofensiva, que começou em 24 de fevereiro.

AFP e Correio do Povo

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