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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Simers promove fórum para debater a saúde pública no RS

 Painel de encerramento foi com seis dos 11 candidatos ao governo do RS



Para estabelecer compromissos em prol da saúde no Rio Grande do Sul, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) promoveu nesta quinta-feira, das 9h às 20h15, no Hotel Plaza São Rafael, no Centro de Porto Alegre, o Fórum Pró-Desenvolvimento da Saúde RS. Os painéis com títulos “O futuro do Sistema Único de Saúde”, O Médico e as Mudanças nas Relações de Trabalho”, A Judicialização da Saúde”, A Carreira Médica como Política de Fixação de Profissionais”, “Tendências em tecnologia como aliada da saúde” e "Compromissos para a Saúde do Rio Grande do Sul” consolidaram a abordagem de seis temáticas relativas à atividade médica.

Autoridades, parlamentares e juristas estiveram entre os debatedores. O painel de encerramento foi com seis dos 11 candidatos ao governo do RS. O ato foi finalizado com a entrega de um pleito da entidade com reivindicações da categoria para cada candidato presente. O evento foi voltado aos médicos, estudantes de medicina, profissionais e gestores da saúde.

Compareceram ao fórum proposto pelos médicos os candidatos Edegar Pretto, Luis Carlos Heinze, Onyx Lorenzoni, Ricardo Jobim, Vicente Bogo e Vieira da Cunha. Roberto Argenta, que era aguardado no local pela sua equipe de campanha, havia confirmado presença, mas não conseguiu voltar de um compromisso a tempo. Eduardo Leite, Rejane de Oliveira,Carlos Messalla e Paulo Roberto não participaram do evento.

O debate teve uma hora e meia de duração, período em que os presentes responderam questionamentos referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS), às mudanças nas relações de trabalho médico, à judicialização da Saúde, além de assuntos que envolvem os avanços tecnológicos e a importância da valorização da carreira médica, vista como política de fixação de profissionais, principalmente em regiões afastadas dos grandes centros.A mediação foi do presidente do Simers, Marcos Rovinski. 

Rovinski destacou que esse formato é inédito na entidade, sendo criado devido à crise da saúde pública no Estado. “O  que motivou o sindicato a promover esse fórum é a situação atual da saúde e a precarização do atendimento. Foi uma oportunidade de colocar as nossas propostas para que o candidato eleito  saiba  o que a classe médica quer para a categoria, para a saúde do RS e para a população”, assinalou.

Entre os pleitos entregues, o dirigente mencionou a solicitação de uma carreira de Estado para os médicos para dar fim à insegurança que faz os profissionais não irem para cidades mais distantes e as modificações nas relações de trabalho. “Hoje os médicos são contratados por RPA, por Pessoa Jurídica (PJ), uns  sem contrato nenhum, ou são obrigados a usar PJ pra ser para ser contratado para uma empresa terceirizada ou quarteirizada,  o que está gerando uma grande insegurança  nas relações de trabalho entre médicos e empregadores”, ressaltou.

Outro ponto enfatizado pelo médico é a proliferação de escolas que, segundo ele, dobrou nos últimos 20 anos. “Nós temos no RS,  de 1,8 mil a 2 mil médicos se formando por ano e temos em torno de 550 mil no Brasil, ou seja, em 2030, teremos 800 mil médicos no país, número que aparentemente resolveria a escassez de profissionais, o que não acontece pela falta de estrutura, de condições e de remuneração em locais menores”, descreve. Ele ainda disse que  é preciso revisar esses centros de estudo, já que entende que muitos não possuem capacidade de oferecer uma boa formação e que, por isso, deveriam ser fechadas.

Correio do Povo

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