Caixa teve segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 1,833 bilhão
A Caixa Econômica Federal fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 1,833 bilhão, queda de 70,7% em relação ao mesmo período de 2021. A queda é explicada pelos fatores não recorrentes que impulsionaram o lucro no segundo trimestre de 2021. Entre abril e junho do ano passado, o banco estatal contabilizou os ganhos obtidos com a abertura de capital da Caixa Seguridade, que movimentou R$ 5 bilhões, e com a venda das ações que detinha no Banco Pan.
Sem esse impulso, os números ficaram bem abaixo de seus pares privados e do Banco do Brasil. BB, Bradesco e Itaú tiveram resultados trimestrais acima de R$ 7 bilhões no período.
O segundo trimestre também foi um período turbulento para a Caixa pela demissão do ex-presidente Pedro Guimarães, após denúncias de assédio moral e sexual. Ele foi substituído por Daniella Marques.
Fatores
No segundo trimestre deste ano, a Caixa ampliou as receitas provenientes de operações de crédito, bem como a carteira de operações e a receita de serviços. Mas viu uma expansão de 78,1% nas provisões contra devedores duvidosos, acima da média do mercado no mesmo período.
A carteira de crédito ampla da instituição, por sua vez, cresceu 13,7%, para R$ 928,2 bilhões. A carteira de crédito habitacional, em que a Caixa é líder de mercado, cresceu 11% no período, para R$ 595,169 bilhões, enquanto a carteira destinada ao agronegócio chegou a R$ 30,780 bilhões, alta de 202,3% no mesmo período.
No fim do segundo trimestre, o ativo total da Caixa chegou a R$ 1,494 trilhão, alta de 2% em um ano. O patrimônio líquido avançou 10,5% em base anual, para R$ 118,750 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) da Caixa foi de 9,34% em base recorrente, queda de 1,37 ponto porcentual no comparativo anual. É um número também bem abaixo da concorrência, que persegue sempre retornos acima de 20%.
Agência Estado e Correio do Povo
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