AdsTerra

banner

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Leilão para concessão e revitalização do Cais Mauá ocorrerá em 26 de setembro

 Concessão terá duração de 30 anos



Deverá ser publicado nesta quinta-feira, 18 de agosto, o edital do projeto de revitalização do Cais Mauá. Em um passeio pelo Guaíba, na manhã desta quarta-feira, o processo foi apresentado à imprensa pelo Consórcio Revitaliza, responsável pela modelagem de desestatização e preparação da licitação. O dia 26 de setembro já está reservado na bolsa de valores B3, em São Paulo, onde está prevista o leilão que congregará os interessados em assumir como concessionário de um dos locais históricos de Porto Alegre.

Segundo o líder do Consórcio Revitaliza, João Lauro da Matta, não haverá gastos por parte do Estado na concessão, de contrato com duração de 30 anos. “Haverá um centro gastronômico, espaço para apresentações culturais, uma sede do Corpo de Bombeiros e diversos pavilhões”, relatou. Na área das docas, 70% será para uso residencial e corporativo. Os 30% restantes serão utilizados para a construção de um hotel e de um espaço voltado ao comércio. Os vencedores na concorrência receberão a área das docas, avaliada em R$ 145 milhões. O investimento total previsto é de R$ 354,7 milhões, além de outros R$ 20,5 milhões por ano de custo operacional.

O Consórcio Revitaliza foi selecionado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na inciativa, considerada pioneira na concessão de ativos imobiliários em modelo de Parceria Pública-Privada (PPP). Segundo Osmar Lima, chefe de Departamento da Área de Desestatização do BNDES, o projeto é robusto, do ponto de vista técnico. “Foi construído em uma relação de troca com a sociedade. O banco está como estruturador do negócio com neutralidade, sem interesse, a não ser o público. O Cais é um ponto estratégico da cidade e do Estado”, afirmou.

Conforme informações divulgadas no evento, o projeto deverá atrair investimentos totais na ordem de mais de R$ 1 bilhão, gerar aproximadamente 45 mil empregos diretos na fase de implementação e cinco mil empregos indiretos - quatro mil empregos permanentes. A previsão é que, em média, 15 mil usuários e visitantes passem pelo pelo lugar diariamente, criando uma nova dinâmica na cidade e, em especial, no Centro Histórico de Porto Alegre.

O secretário-executivo de Parcerias do RS, Marcelo Spilki, reiterou que o tema foi debatido com a sociedade porto-alegrense. “O projeto passou por ampla discussão com a comunidade. Havia pontos que convergiam e divergiam, mas conseguimos amadurecer o projeto que será transformador para a cidade, tanto moradores quanto turistas”, relatou. Para Spilki, a revitalização terá a segurança jurídica necessária para o sucesso do processo. Durante o desenvolvimento do projeto, foram realizadas duas audiências públicas e nove workshops com diferentes setores da sociedade, além de mais de 100 reuniões presenciais e duas pesquisas online. A assinatura do contrato está prevista para o mês de dezembro deste ano. O começo efetivo das obras deverá ser em julho do próximo ano, já que o primeiro semestre de 2023 está reservado para a preparação dos canteiro.

O Cais Mauá, localizado à beira do Guaíba, é um importante patrimônio pertencente ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, com mais de 180.000 metros quadrados. Há vários anos sem utilização para atividades portuárias, em decorrência de instalações de armazenagem e movimentação de cargas e atracação inadequadas para navios e embarcações mais modernas, o espaço se configurou como uma oportunidade de oferecer áreas e espaços urbanos diferenciados para a diversos usos da população.

Atrações e substituição do muro

Historicamente polêmico, o muro da Mauá - estrutura criada para escudar a Capital contra as enchentes – será parcialmente derrubado. “Será desenvolvido um novo sistema de proteção removível com uma elevação do piso para evitar futuras inundações”, contou João Lauro da Matta. Ele destacou as premissas centrais a serem observadas no processo de requalificação do Cais. Além de ser um novo espaço urbano de acesso público, com uso e ocupação contínua e diuturna da área, o local terá que ser um sinônimo de atratividade ao parceiro privado, que gere sustentabilidade econômico-financeira de longo prazo.

“Queremos que haja fomento ao turismo, eventos, economia criativa e empreendedorismo, sem deixar de ser um incentivo à mobilidade urbana”, afirmou o coordenador do Consórcio Revitaliza. Estão previstos equipamentos de mobilidade sustentáveis e caminhadas e ciclovias, além de praças, complexo tecnológico e a utilização do antigo frigorífico da doca 3 com possibilidades para instalação de um centro cultural, museu ou espaço multiuso.



Correio do Povo


Flamengo vence o Athletico-PR com golaço de Pedro e está na semifinal da Copa do Brasil


Corinthians goleia Atlético-GO e está na semifinal da Copa do Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário