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sábado, 13 de agosto de 2022

La Niña pode influenciar clima nos próximos meses

 Para outubro, previsão destacada em Boletim do Copaaergs indica chuvas abaixo da média em todas as regiões do Estado

Caracterizado pelo resfriamento atípico das águas superficiais do Pacífico Equatorial, o fenômeno La Niña poderá impactar o clima no Rio Grande do Sul nos próximos meses, alterando o padrão de chuvas em algumas regiões. A previsão está no Boletim do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs) para o período de agosto, setembro e outubro e se baseia no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo com a publicação, agosto deverá apresentar chuvas dentro da média ou um pouco abaixo desse patamar do centro para o sul do Estado. No Nordeste e no Litoral Norte, os valores ficam acima da média. Para setembro, a tendência sinaliza chuvas acima da média, especialmente no norte gaúcho. Em contrapartida, para outubro, os prognósticos indicam chuvas abaixo da média em todas as regiões. Para a temperatura do ar, o boletim prevê níveis próximos da média em agosto e outubro e abaixo da média em setembro. Em razão do La Niña, há risco de ocorrência de geadas em agosto, além da previsão de geadas tardias em setembro e outubro.

A coordenadora do Copaaergs, Loana Cardoso, explica que a perspectiva de precipitação dentro da normalidade ou um pouco acima da média até setembro poderá acarretar atrasos no preparo das áreas destinadas às culturas de verão, mas não deve significar preocupações para a safra de inverno. “Estamos tendo um início de ciclo bom, e a redução da chuva em outubro é favorável para as culturas de inverno, reduzindo problemas na colheita”, destaca.

No caso do milho, cujo plantio começa ainda em agosto na Fronteira Oeste, e da soja, ainda não é possível saber se o prognóstico para outubro se estenderá ao longo dos meses seguintes, sinalizando problemas para a próxima safra, segundo a agrometeorologista. “A principal recomendação é o escalonamento da semeadura e de cultivares, para diminuir o risco, plantando cultivares de diferentes ciclos”, recomenda Loana. O menor volume de precipitação também não deve comprometer o início do plantio do arroz. “Em função dos volumes de chuva bons no inverno, estamos com os reservatórios praticamente em capacidade máxima em todo o Estado”, observa Loana. O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima.

De acordo com o Informe Conjuntural divulgado pela Emater-RS/Ascar na quinta-feira (11), a semeadura do trigo já foi concluída em 99% da área de cultivo no Estado. As primeiras lavouras implantadas (1%) entraram em enchimento de grãos, enquanto 3% estão em floração e o restante segue em desenvolvimento. A estimativa para a safra 2022 aponta para o plantio de 1.413.763 hectares. A publicação destaca ainda que, na região administrativa de Ijuí, 70% das lavouras de canola estão em floração. A Emater-RS/Ascar projeta que a cultura totalize 48.457 hectares neste ano.


Correio do Povo


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