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domingo, 17 de julho de 2022

Presidentes do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral não irão a encontro de Bolsonaro com embaixadores

 


Os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não irão ao encontro organizado pelo presidente Jair Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros no Brasil, previsto para segunda-feira, dia 18. No encontro, o presidente da República apresentará aos estrangeiros a tese nunca comprovada de fraude nas urnas eletrônicas.

Em ofício enviado ao Palácio do Planalto, o presidente do TSE, o ministro Edson Fachin, disse que o “dever de imparcialidade” o impede de ir à reunião. Já o presidente do STF, Luiz Fux, estará fora de Brasília e só retorna à capital na terça-feira.

Além de Fux e Fachin, Bolsonaro também convidou para o encontro com os dignitários estrangeiros o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Emmanoel Pereira; e a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes – este último é um órgão de assessoria do Congresso e não faz parte do Poder Judiciário. Só Pereira confirmou presença.

“Incumbiu-me o Senhor Presidente do Tribunal Superior Eleitoral de agradecer ao honroso convite, mas, na condição de quem preside o Tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”, diz o ofício do TSE, assinado pela chefe do Cerimonial do tribunal, Fernanda Jannuzzi.

Sistema eletrônico

A reunião de Bolsonaro com os embaixadores é uma resposta a um evento realizado em maio deste ano pelo TSE para apresentar aos embaixadores estrangeiros o funcionamento do sistema eletrônico de votação adotado no Brasil.

Em uma transmissão pela internet no dia 7 de junho, Bolsonaro disse que marcou um encontro com “cinquenta embaixadores” para discutir o assunto. “Vamos mostrar 2014 e eleições de 2018, onde eu ganhei no primeiro turno. Agora eu falo isso, não é da boca para fora, é comprovado”, disse ele.

O Palácio do Planalto não informou a relação de convidados que confirmaram presença. Até a noite deste sábado (16), representantes de algumas das principais embaixadas estrangeiras em Brasília como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Rússia ainda não haviam confirmado presença na reunião com Bolsonaro.

Outras embaixadas confirmaram que enviarão representantes, como a da França e a da União Europeia. Há dúvidas na comunidade diplomática sobre quais foram os critérios usados pelo Palácio do Planalto para escolher as representações convidadas para o compromisso político. A representação do Reino Unido em Brasília não havia sido convidada até o começo da noite deste sábado, assim como alguns outros países europeus, a exemplo da Suécia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sul

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