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terça-feira, 12 de julho de 2022

Patriarcado de Antioquia - História virtual

 

 

O Patriarcado de Antioquia foi e é um dos grandes centros do Cristianismo desde os tempos do Novo Testamento (At 11,26). A origem da Comunidade Cristã de Antioquia data do tempo dos apóstolos e a sua importância como centro desta comunidade sempre foi reconhecida.

O mundo do Império Romano era dividido em grandes centros urbanos, nos quais a Igreja assumiu um papel preponderante dentro da sua estrutura política. De início Antioquia foi a primeira cidade-Rainha, capital do Império Romano do Oriente, estendendo a sua jurisdição eclesiástica e influência ao oriente.

Por razões administrativas a Igreja foi organizada por distritos eclesiásticos:

Cada um destes cinco antigos Patriarcados foi centralizado numa cidade particular, porém a Igreja controlava exaustivamente cada uma destas dioceses. A Pentarquia era o poder exercido separado e conjuntamente pelos cinco Patriarcas das igrejas.

O trono da Igreja manteve-se unido até o cisma que rasgou a veste inconsútil, com a separação entre Constantinopla e Roma em 1054.

Antioquia e os Concílios Ecuménicos

No princípio do século V, o Patriarcado de Antioquia e sua hegemonia eclesiástica havia estendido a Chipre, Palestina, Arábia e Mesopotâmia. Todos debaixo da influência Antioquia, assomando às Igreja da Geórgia e Igreja da Pérsia, que sobre a dependência da sede principal; a Igreja de Antioquia, cresceram muito. Mas não demorou muito apareceram os conflitos doutrinários dentro da Igreja.

No ano de 431, Nestório, Patriarca de Constantinopla, que era natural de Antioquia, foi condenado pelo I Concílio de Éfeso por heresia. A Igreja de Antioquia reconheceu sua condenação mas não pode evitar o aparecimento da Igreja Nestoriana, quebrando assim a unidade ortodoxa.

No século VI a heresia monofisista se opôs a São Cirilo de Alexandria, ganhou muitos adeptos na Síria e outras regiões do Império. como no caso de Nestório, muitos cristãos, incluindo Cristãos de Antioquia, se opuseram à condenação e estabeleceram a heresia monofisista, chamada também de Jacobita, o que afetou a unidade da Igreja de Antioquia.

Ao mesmo tempo a extensão geográfica do Patriarcado foi se reduzindo. Por decisão dos Concílios Ecumênicos, em 431 a Igreja de Chipre conseguiu sua independência de Antioquia e em 451 o Patriarcado de Jerusalém estabeleceu sua jurisdição sobre a Palestina e Arábia.

Nos primeiros anos do século VII o Império Bizantino foi atacado pelos Persas da Dinastia Sassânida, que governou a Pérsia entre 224 e 651), e então quando se trata de estabelecer uma unidade entre os jacobitas monofisistas contra os invasores o Imperador Bizantino Heráclio (610-641), propôs a comprometida doutrina do Monotelismo. Porém a Ortodoxia não aceitou tal proposição político-religiosa que ia contra a Fé e durante o Terceiro Concílio de Constantinopla, ocorrido em 680-681, o Monotelismo foi excomungado, como doutrina herética. Neste tempo apareceram, através de acirradas disputas, no bom sentido, duas Escolas: A Escola de Antioquia e a Escola de Alexandria.

O renascimento de Antioquia

Em 1899, a fé do clero do Patriarcado de Antioquia se viu recompensada com a eleição de Melécio II (Doumani), um piedoso ortodoxo árabe, que foi eleito para o trono antioquino. Seguiu-o Gregório IV (Haddad), que reinou desde 1906 até 1928. Com sua administração e iniciativas voltaram as épocas boas, fazendo esquecer as horas negras do cinismo e intrigas políticas, com suas ocupações injustas. O patriarca Alexandre III (Tahan) ocupou o trono desde 1930 até sua morte em 1958, fez renovação profunda e influenciou grandemente para revitalização das paróquias e dos mosteiros. Talvez a mais importante destas renovações foi o renascimento jovem, que começou em 1942 por um grupo de jovens muito fervorosos. As principais formas desta renovação foram os estudos profundos da Bíblia e a participação na vida sacramental da Igreja. Esses renovados sentiram nessa renovação histórica um novo alento de um glorioso passado e uma tremenda contribuição na teologia cristã, na liturgia e na espiritualidade. O movimento da juventude Ortodoxa está centrado na melhor tradição do trono antioquino e brindou à Igreja uma brilhante educação de monges e monjas dentro dos mosteiros e fora deles.

O sucessor de Alexandre III foi o patriarca Teodósio VI (Abourjaily), que se manteve no trono antioquino desde 1958 até 1970. Em 1970 foi eleito Elias IV (Moawad), que lutou para consolidar a grandeza do trono antioquino, o fortalecimento da Fé e usou o poder de sua oratória e da atividade pastoral na administração.

Elias IV faleceu em 1979 e seu sucessor foi Sua Beatitude Ignatios IV, que faleceu em 2012 e substituído pelo atual Patriarca, João X.

Ver também

Wikipédia

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