Por Pedro Lagomarcino
Em países que possuem grande apreço pela democracia, a realização das eleições é, exatamente, o clímax do sentimento mais cívico e patriótico que um povo pode ter, pois consagra a democracia, quando permite a seus cidadãos habilitados a votar, exercer efetivamente o direito constitucional legítimo do voto, para escolher seus representantes eleitos.
Nestas manifestações cívicas e patrióticas que são as eleições, a bandeira nacional e o hino representam o que há de mais autêntico nos corações que cultuam estes elevados sentimentos, independentemente, da ideologia política que se escolha e que se queira ter.
E exatamente por assim o ser é que, quando surge resplandecente no horizonte a bandeira nacional, seja hasteada, seja envergada, quer ostentada, quer vestida, ao se executar e se escutar o hino do país em que nascemos, não raras vezes nossa voz embarga, nossos olhos ficam em lágrimas, devido aos fortes vínculos, as sólidas memórias afetivas e ao orgulho que temos da nossa pátria, onde quer que possamos nos encontrar.
Isso tudo vem das nossas tradições cívicas e patrióticas.
É assim que os professores ensinam para seus alunos.
É assim que os técnicos ensinam para seus atletas.
É assim que os atletas representam suas delegações.
É assim que civis e militares aprendem a se colocar em posição de sentido.
É assim que um povo se identifica, seja em tempos de paz, seja em tempos de guerra.
É assim que homens universais se orgulham do pavilhão nacional.
No Brasil, tamanha é a importância dos símbolos nacionais que eles estão protegidos por Lei.
No que concerne a bandeira nacional assim dispõe e assegura a Lei nº. 5.700/71:
"Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular."
Infelizmente, não é raro haver quem desconheça, mesmo devendo conhecer pelo ofício que exerce e se vocacionou, os símbolos nacionais e seus reais significados.
Verdade seja dita, conhecer as tradições cívicas e patrióticas e conhecer a Lei é dever elementar, e não um direito de uma autoridade constituída.
Não se pode crer que uma autoridade que se vocacionou para prestar a jurisdição, dizer o direito e realizar a justiça ouse demonstrar tamanha ignorância, a ponto de "entender" que a bandeira nacional, mesmo com o significado que tem e por tudo que representa, sirva apenas a um campo político-ideológico, quando em plena constância da democracia e do Estado Democrático de Direito, a bandeira nacional representa todos cidadãos de um país.
Relegar a bandeira nacional ao campo do partidarismo-político é reduzir seu tamanho imensurável e seu valor inoxidável ao tempo.
Que Olavo Bilac, grande poeta brasileiro e autor da letra do hino à bandeira, quando escreveu, dentre outras, as estrofes e o refrão que seguem, possa servir de inspiração para aqueles que ou desconhecem; ou se conhecem, seletivamente, passaram a não mais lembrar do significado e do que representa a bandeira nacional:
"Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!"
- Bandeira nacional, jamais te proibirão.
Pontocritico.com
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