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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Polícia Federal encontra barco em que viajavam Bruno Araújo e Dom Phillips

 Segundo a Polícia Federal, bombeiros e militares da Marinha encontraram a embarcação por volta das 20h20



Foi encontrado na noite deste domingo o barco em que viajavam o indigenista Bruno Araújo e o jornalista britânico Dom Phillips. Segundo a Polícia Federal, os bombeiros e os militares da Marinha encontraram a embarcação por volta das 20h20 (horário local). Ainda de acordo com a PF, a embarcação será submetida nos próximos dias à perícia, de modo a contribuir com a completa elucidação dos fatos.

Polícia Federal afirmou neste domingo que está sendo apurada a participação de, pelo menos, oito pessoas no crime. A Polícia Federal chegou a declarar na sexta-feira que não há mandante nem organização criminosa por trás das mortes, mas outras cinco pessoas passaram a ser monitoradas pelos investigadores.

De acordo com a PF, "as investigações continuam no sentido de esclarecer todas as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso". "Os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística continuam em andamento para completa identificação dos remanescentes humanos e compreensão da dinâmica dos eventos", disse a PF.

O caso

Dom e Bruno desapareceram em 5 de junho, após terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari. Eles viajavam pela região e entrevistavam indígenas e ribeirinhos para produção de reportagens para um livro sobre invasões de áreas indígenas.

O Vale do Javari, a terra indígena com o maior registro de povos isolados do mundo, é pressionado há anos pela atuação intensa de narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais que tentam expulsar povos tradicionais da região.

Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para o New York Times e o Washington Post, bem como para o jornal britânico The Guardian. Bruno era servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019. Na quarta-feira, a Polícia Federal localizou os restos mortais dos dois. A corporação encontrou os cadáveres depois de o pescador Amarildo da Costa confessar os assassinatos e levar policiais até o local onde enterrou os corpos.

Exames realizados pela Polícia Federal no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, constataram que os materiais encontrados eram de Dom e Bruno. A perícia chegou à conclusão após analisar a arcada dentária das duas vítimas. A perícia da PF informou, ainda, que o jornalista e o indigenista foram mortos com tiros de uma arma de caça. Segundo a corporação, Bruno foi atingido por dois disparos no tórax e no abdômen e outro no rosto. Dom foi vítima de um disparo na região entre o tórax e o abdômen.

R7 e Correio do Povo

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