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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Guedes prevê reformas tributária e administrativa ainda para 2021

 O ministro afirmou à organização Atlantic Council que há muito 'barulho' para firmar as decisões, mas que confia nas instituições



Cumprindo uma agenda em Washington, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quarta-feira (13), que espera ver aprovadas as reformas tributária e administrativa até o fim do ano, assim como a conclusão da privatização dos Correios e da Eletrobrás. O economista definiu os impasses presentes até o momento como "barulho" feito pela oposição, mas disse confiar nas instituições democráticas brasileiras para efetivar as mudanças propostas pelo governo federal.

A fala ocorreu durante entrevista à organização Atlantic Council. "Acho que veremos tudo isso aprovado até o fim do ano", afirmou Guedes ao ser questionado sobre a previsão para que os mecanismos pretendidos pelo governo passem a valer efetivamente. A defesa de Guedes é que o conjunto de reformas, aliado às privatizações, vai permitir ao Brasil uma retomada sólida no crescimento econômico.

"Há muito barulho. O tempo todo conflitos de um lado para o outro, mas é tudo nas regras democráticas", disse Guedes sobre as dificuldades do governo em conseguir apoio. Segundo ele, esse cenário é "natural" após a 'direita' assumir a liderança dominada por "30 anos de um governo de 'esquerda'". 

Guedes voltou a fazer projeções otimistas para o Brasil, prevendo uma rápida recuperação econômica e frisando que o País decresceu menos do que o estimado em 2020. Na avaliação do economista, as medidas econômicas e de saúde adotadas durante a pandemia justificam o cenário favorável. Ele citou o auxílio emergencial, a liberação de créditos a micro e pequenas empresas, os programas para manutenção de empregos e, sobretudo, a campanha de vacinação. 

Guedes destacou a importância da imunização e destacou que o Brasil já vacinou 93% do público-alvo com pelo menos uma dose e finalizou o esquema vacinal de 60% da população. A expectativa é que nos próximos dois meses o país finalize a campanha de 2021 e o objetivo passe a ser, também, "ajudar os países vizinhos". Segundo Guedes, a medida é o que tem garantido "uma retomada segura ao trabalho". 

Questionado sobre as divergências entre as estimativas dadas por ele das mais conservadoras traçadas por outras entidades e alas econômicas, Guedes ressaltou a confiança nas próprias projeções, assim como ocorreu no passado recente. O ministro citou que Brasil caiu 4% no ano passado, enquanto a previsão para os países emergentes era de -9,7%.

"Vivemos uma perfomance interessante, com recuperação rápida e estamos crescendo acima do estimado para as economias emergentes", disse, ressaltando a previsão de crescer 5,3% em 2021. O FMI [Fundo Monetário Internacional] revisou as projeções e estima um crescimento para o ano de 5,2%. Em 2022, a previsão é tímida: incremento de 1,5%, representando uma redução de 0,4 ponto percentual em comparação com a projeção anterior, de julho (1,9%). 

Ainda assim, Guedes defendeu que o governo federal "fez o dever de casa". Ele frisou a necessidade de auxiliar países mais pobres neste momento para que o mundo, de forma geral, consiga se restabelecer economicamente. "É preciso amenizar iniquidades não só na distribuição de vacinas, mas no retorno ao crescimento econômico", disse. 

Aos investidores, Guedes pediu confiança no Brasil, que trabalha com redução de taxas e tributos e simplificação para a instalação dos negócios, a fim de se tornar um local mais propício para receber novos investimentos. 

R7 e Correio do Povo

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