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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Polícia Rodoviária Federal desbloqueia rodovias ocupadas por caminhoneiros no Rio Grande do Sul

 


No começo da noite desta quarta-feira (8), o Ministério da Infraestrutura informou que, apesar das concentrações de caminhoneiros – incluindo eventuais abordagens a outros veículos de carga – a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já havia desbloqueado as rodovias ocupadas por trabalhadores da categoria no Rio Grande do Sul. O mesmo vale para outros sete Estados.

O movimento foi colocado em prática um dia após as manifestações pró-governo em diferentes cidades brasileiras durante o feriado de 7 de setembro. Na ocasião, manifestantes pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), além de intervenção militar.

Sem registro de incidentes de maior gravidade além de eventuais transtornos à circulação nas estradas, houve interrupção total ou parcial do tráfego nos seguintes pontos da malha rodoviária gaúcha:

– BR-101 em Osório;
– BR-116 em Camaquã, Vacaria e Ana Rech;
– BR-158 em Cruz Alta;
– BR-324 em Pontão;
– BR-285 em Passo Fundo, Vacaria e Muitos Capões;
– RS-287 em Candelária;
– BR-386 em Nova Santa Rita e Sarandi;
– BR-392 em Pelotas;
– RS-040 em Viamão;
– RS-122 em Caxias do Sul, Flores da Cunha e São Sebastião do Caí;
– RS-235 em Nova Petrópolis;
– RS-240 em Montenegro;
– RS-424 e RS-474 em Santo Antônio da Patrulha.

Outros Estados

As mobilização também foi realizada em Santa Catarina, Paraná, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão. Em nota, a pasta frisou que:

“A PRF encontra-se em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo com a tendência de fim das mobilizações até a primeira hora desta quinta-feira. É importante alertar que a disseminação de vídeos e fotos por meio de redes sociais não necessariamente reflete o estado atual da malha rodoviária”.

Ainda de acordo com o Ministério, ao longo do dia foram debeladas 67 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias.

A atitude dos caminhoneiros preocupa distribuidoras de combustíveis, que temem o desabastecimento dos mercados por itens como gasolina e óleo diesel, fato que ainda não foi confirmado oficialmente. A situação mais crítica foi constatada em Santa Catarina e Mato Grosso, mas cidades de outros Estados já enfrentavam problemas ao longo do dia.

Brasília

No início da tarde, dezenas de caminhões permaneciam estacionados ao longo do canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, cujo trânsito seguia bloqueado até o começo da noite desta quarta-feira. Os condutores pressionam pela derrubada do bloqueio policial que dá acesso à Praça dos Três Poderes, onde fica o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Mais cedo, manifestantes tentaram invadir a sede do Ministério da Saúde e hostilizaram jornalistas. Equipes de pelo menos duas emissoras tiveram que se abrigar dentro do prédio após ameaça de agressão por parte dos manifestantes.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, chamada ao local, não houve registro de feridos e ninguém foi detido. A corporação informou também que o policiamento no local está reforçado.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal disse ter recebido relatos de ataques de manifestantes a profissionais de imprensa e cobrou da Secretaria de Segurança Pública do DF assegurasse o trabalho dos profissionais de comunicação.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, deputado Distrital Fábio Felix (Psol), também informou ter enviado ofício à Secretaria de Segurança do DF para reforçar “urgentemente” o policiamento no local.

Repúdio

Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) manifestou repúdio às paralisações:

“Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, diz a entidade. O texto leva a assinatura do presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.

A entidade, que congrega cerca de 4 mil empresas de transporte, disse ainda estar preocupada com os efeitos que bloqueio nas rodovias poderão causar, especialmente em relação ao abastecimento dos setores de produção e comércio.

O Sul

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