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domingo, 5 de setembro de 2021

Ministério da Agricultura confirma casos de vaca louca em frigoríficos e suspende exportações de carne bovina para a China

 


O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) confirmou, na manhã deste sábado (4), a ocorrência de casos do mal da vaca louca em frigoríficos em Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT).

De acordo com a pasta, após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal foi notificada oficialmente. Em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre a China e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina ao país asiático. “A medida, que passa a valer a partir deste sábado, se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos”, afirmou o ministério.

De acordo com a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportações foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%.

“As receitas tiveram alta de 19,1% e somaram US$ 525,5 milhões. Quando se observa o período de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020”, disse a Abiec.

Os dois casos confirmados neste sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada. “Estes são o quarto e quinto casos de EEB [Encefalopatia Espongiforme Bovina] atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica”, informou o Ministério da Agricultura.

Segundo o Mapa, a EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica. “Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal, em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, informou.

O Mapa anunciou que a confirmação não altera o status do Brasil como de “risco insignificante para a doença”.

Humanos podem ser contaminados?

Assim como nos animais, os humanos podem desenvolver o príon infeccioso naturalmente ou adquirir no consumo de carne infectada. Os casos em humanos têm como sintomas a perda de memória, perda de visão, depressão e insônia. Aproximadamente 90% dos indivíduos acometidos evoluem para óbito em um ano, de acordo com o governo federal. Não há indícios da transmissão entre humanos, segundo o Ministério da Saúde, exceto em caso de contato com o sangue do paciente.

Posso continuar comprando carne?

Sim. Segundo o Ministério da Agricultura, os casos registrados são atípicos e, portanto, não há uma contaminação geral e nem uma epidemia da doença.

O Sul

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