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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Deputado gaúcho afirma que esperava "discurso de união de Bolsonaro"

 Aliado do Governo, Jerônimo Goergen (PP-RS) alerta para os reflexos das falas do presidente nos custos de produção e desabastecimento


Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o deputado gaúcho Jerônimo Goergen (PP-RS) está preocupado com a escalada de tensão entre os Poderes, que pode paralisar o País, e faz um apelo para o governo e para a oposição. "O governo tem que focar no governo e a oposição tem que parar de falar de impeachment. Sou contra o impeachment, mas também sou contra o tensionamento. Tensionar só traz prejuízos. E por isso hoje (8) eu esperava um discurso de união por parte do presidente Bolsonaro". 

O parlamentar, atuante na área do agronegócio, incluindo a logística, avalia que as manifestações dos caminhoneiros, insufladas pelo presidente, podem causar mais perda econômica: "A partir de amanhã, os empresários, sabendo do boicote, não vão mandar caminhões pra estrada. O desabastecimento deve ser mais rápido do que em 2018. Isso vai causar mais perda econômica. Foi alimentado pelo movimento de ontem e governo deveria saber que ontem não era momento de tensionar, já que os custos de produção estão se elevando".

Goergen lembrou que o Congresso aprovou recentemente o Documento de Transporte Eletrônico (DT-e), uma reivindicação antiga dos caminhoneiros, mas cujos benefícios acabam neutralizados com as recentes altas do dólar e do diesel. O projeto foi enviado pelo governo por meio da medida provisória 1.051/2021 e relatado por Goergen. O deputado também é relator do projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos e teme que a escalada de tensões contamine também esse debate. 

No fim do dia, o presidente Bolsonaro, na porta do Alvorada, amenizou o discurso e se mostrou preocupado com a paralisação dos caminhoneiros: "Vou ter que apelar aos caminhonerios para que não parem o Brasil, sei do poder que eles têm, reconheço o trabalho que eles fazem, mas acredito que a paralisação não interessa a nenhum de nós. Agradeço aos caminhoneiros por tudo o que eles têm feito. Não é a gente matando a vaca que vai eliminar o carrapato". 


R7 e Correio do Povo


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