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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Cume do vulcão de La Palma, nas Ilhas Canárias, sofre ruptura parcial em meio a fechamento de aeroporto

 


O cume principal do vulcão Cumbe Vieja, em La Palma, sofreu uma ruptura parcial na manhã deste sábado (25), segundo o geólogo do Instituto Espanhol de Geologia e Mineração (IGME, na sigla em espanhol), Carlos Lorenzo. Ele garantiu, após observar o estado do vulcão utilizando drones, que o rompimento deixou “um enorme fluxo de blocos se deslocando pela encosta do vulcão em direção ao mar”. O diretor técnico do comitê de crise, Miguel Ángel Morcuende, minimizou a importância do fenômeno.

Morcuende apontou a existência de um novo polo emissor na mesma fissura, que começou a emitir materiais para o oeste do cume principal. Os cientistas, após a erupção, acreditam que poderia ser uma das primeiras “bocas” que se abriram após a erupção principal, que voltou a ficar ativa após um período de paralisação.

“Não é preocupante”, tranquilizou Morcuende.

O chefe técnico da crise quis assegurar ao povo que todas essas mudanças são comuns em uma situação como essa.

“A ruptura significa que os diferentes centros de emissão que se sucedem ao longo de uma fissura podem se apagar ou podem aparecer novos”, explicou ele. “Esta é uma típica erupção das Ilhas Canárias”, acrescentou.

Morcuende deu como exemplo o “fenômeno da irritabilidade”, experimentado na sexta-feira (24), com aumentos significativos na energia da erupção, uma mudança natural neste fenômeno.

Foi esta tensão que provocou as violentas explosões de sexta, que forçaram o aumento da área isolada e levaram a pequena ilha espanhola a decidir fechar seu aeroporto, impedindo a saída de algumas pessoas da região. A informação foi dada pela empresa operadora Aena, que disse que o aeroporto da ilha havia sido fechado por causa do vulcão, que expeliu milhares de toneladas de lava, destruiu centenas de casas e forçou a evacuação de quase seis mil pessoas desde dia 19, quando o fenômeno natural teve início.

“O aeroporto de Las Palmas está inoperante devido ao acúmulo de cinzas. As tarefas de limpeza já começaram, mas a situação pode mudar a qualquer momento”, escreveu a companhia no Twitter.

Os trabalhadores varreram as cinzas vulcânicas da pista, voos foram cancelados e a sala de embarque ficou vazia, com algumas pessoas chegando ao aeroporto e descobrindo que não poderiam deixar a ilha no Atlântico.

Por enquanto a situação de monitoração e possíveis retiradas de moradores se mantém, já que, atualmente, há três fluxos ativos de lava. O principal, localizado mais ao norte, tem uma altura máxima de 12 metros. O fluxo de lava secundário tem 10 metros e o terceiro fluxo de lava, que surgiu recentemente, corre para o sul, acima do fluxo anterior.

O Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan) indicou, na última quarta-feira (22), que a erupção pode durar de 24 a 84 dias. A projeção leva em conta dados sobre explosões anteriores na ilha de La Palma. A média de duração do fenômeno é de 55 dias.

O Sul

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