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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Fecomércio-RS e Sindilojas manifestam preocupação com restrições ao comércio de Porto Alegre

Entidades relatam que atuais limitações são mais severas que as impostas pelo Governo Estadual

Muito estabelecimentos seguem com as portas fechadas em Porto Alegre

A Fecomércio-RS e o Sindilojas Porto Alegre manifestaram-se preocupadas com as regras restritivas ao comércio da capital gaúcha. Através de um documento enviado ao prefeito Nelson Marchezan Jr, as entidades relatam que as atuais limitações são ainda mais severas que as impostas pela política de distanciamento controlado do governo estadual. 
No entendimento das entidades, a análise de dados do contágio e do número de leitos de Porto Alegre indica que existe margem segura para a retomada de atividades. Na Capital, o decreto municipal libera apenas a abertura de microempresas no comércio de rua e impede a abertura das lojas que ficam em shoppings e centros comerciais, independentemente do seu tamanho. 
Esta medida contrasta com a política adotada em outras regiões que estão na mesma faixa de risco, em que o comércio pode abrir obedecendo a restrições quanto ao número de clientes e funcionários e estabelecendo novas práticas de higiene e distanciamento social.
“O distanciamento controlado proposto pelo governo estadual delimita critérios para avaliação do risco, como número de infectados e a capacidade da rede hospitalar, e está sendo usado como exemplo”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. 
“Temos críticas específicas a alguns destes protocolos, mas concordamos que todas as decisões devem ser tomadas com base em dados. E os dados de Porto Alegre nos apontam que não há razões para manter restrições tão duras que estão eliminando empregos diariamente”, completou Bohn. 
A comparação do número de infectados em Porto Alegre mostra que o ritmo de contaminação não está em aceleração – o número de novos casos se manteve estável de uma semana para a outra. Já o número de internados com Síndrome Respiratória Aguda caiu de 64 para 62 na semana de referência. 
Atualmente, a região conta com 204 leitos de UTI disponíveis, representando mais de 40% dos leitos vagos no Rio Grande do Sul.
 “Diante deste quadro, acreditamos que, mediante o cumprimento de rígidos protocolos de saúde, como distanciamento mínimo entre pessoas, utilização de EPIs e limite de ocupação e de operação, itens obrigatórios do plano estadual, os estabelecimentos do comércio poderiam ter suas atividades retomadas, de modo seguro”, concluiu Bohn.

Correio do Povo

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