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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Prefeito de São Leopoldo (RS) faz boletim de ocorrência após receber ameaças

Ary Vanazzi manteve restrições ao comércio na cidade

Na página do Facebook onde a ameaça foi postada , ainda há referência a um Delegado da Polícia Federal que atua na cidade, e na mensagem uma intimidação literal ao gestor municipal
Na página do Facebook onde a ameaça foi postada , ainda há referência a um Delegado da Polícia Federal que atua na cidade, e na mensagem uma intimidação literal ao gestor municipal 

Desde a última sexta-feira, após reiterar que as determinações contidas no decreto de calamidade pública seguem em vigor até ao menos este sábado, o prefeito de São Leopoldo Ary Vanazzi tem recebido ameaças em uma página do Facebook. Na tarde de segunda-feira, ele registrou ocorrência policial para investigações. 
Para Vanazzi, o momento é de defesa da vida. “Conclamo a toda nossa comunidade que o momento não é de disputa política. O momento é muito sério e grave, e precisamos todos defender a vida, ouvir os especialistas e evitar que se estabeleça uma tragédia aqui na cidade. Com esses irresponsáveis que tomaram essas atitudes de ameaças estamos acionando juridicamente e tomando todas as providências”, afirmou. 
Conforme a procuradora geral do município, Angelita Rosa, os crimes serão denunciados para os órgãos competentes para que os responsáveis sejam processados em todas as esferas. Os demais encaminhamentos aos Ministérios Públicos Estadual e Federal estão sendo providenciados.

Correio do Povo


 
VEJA TRAZ AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL E NO MUNDO

BOLSONARO MUDA O TOM
Em seu quarto pronunciamento em rede nacional de televisão sobre a crise do coronavírus, Jair Bolsonaro adotou tom conciliador, diferente do que havia feito até então. O presidente pediu união dos três Poderes, falou em "defender vidas", listou medidas adotadas pela sua gestão, não chamou a doença de "gripezinha" e evitou criticar diretamente o isolamento social, método indicado por autoridades de saúde do Brasil e do mundo para combater a epidemia. O pronunciamento foi novamente acompanhado por "panelaços" registrados em todo o país. A postura adotada por Bolsonaro deve ajudar a apaziguar os conflitos com os governadores, que tomaram para si o protagonismo na luta contra o vírus devido à resistência do presidente em reconhecer a gravidade da doença. As primeiras reações devem acontecer nesta quarta-feira, 1º.
 


O PRESIDENTE E OS MILITARES
Isolado politicamente por sua postura na crise, Bolsonaro voltou a se aproximar da ala militar de seu governo. O movimento veio após declarações públicas de alguns ministros, como Sergio Moro e Paulo Guedes, além, é claro, de Luiz Henrique Mandetta, em defesa da quarentena — criticada pelo presidente — como forma de prevenção. Esta convergência, inclusive, pode ter tido influência direta na mudança de tom do presidente em seu discurso. A proximidade também se deu justamente no aniversário de 56 anos do golpe militar , que culminou em 21 anos de ditadura no Brasil. O período foi de ruptura institucional e trevas para a democracia, mas o presidente, o vice, Hamilton Mourão, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, celebraram a data em postagens.
 


A UNIÃO DOS MINISTROS
Ao autorizar o uso da Força Nacional de Segurança pelo Ministério da Saúde nas ações de combate ao coronavírus, Sergio Moro mostrou estar alinhado a Mandetta e na contramão do chefe Jair Bolsonaro. Ao lado dos dois está Paulo Guedes. O ministro da Economia agradeceu aos demais Poderes, Legislativo e Judiciário, pelo auxílio na gestão da crise, citando a decisão do STF que permite o descumprimento do Orçamento e a aprovação por parte dos deputados e senadores do auxílio emergencial de 600 reais para trabalhadores informais. Com a união dos ministros e a recente mudança de postura do presidente, espera-se agora uma movimentação mais coesa do governo no combate à pandemia.
 


SALTO NO NÚMERO DE MORTES
O Brasil registrou o maior número de mortes (42) e casos (1.138) por coronavírus em 24 horas desde que a doença passou a ser monitorada no país. Desta forma, as vítimas fatais chegaram a 201 e os diagnósticos confirmados foram a 5.717. O aumento mostra que a curva segue em alta e que o país ainda não chegou ao seu pico da doença. No mundo, a Espanha teve recorde de mortes pela Covid-19 em um dia: 849. Ainda na Europa, a França ultrapassou a China em número de óbitos, apesar de ser apenas o sexto país com mais casos no mundo. Na Itália, já são mais de 12 mil vítimas fatais, enquanto na Bélgica uma menina de 12 anos morreu com a doença. Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos se aproximam dos 200 mil casos, além de também ter deixado a China para trás em óbitos — agora são mais de 4 mil, número maior do que as baixas causadas pelo atentado de 11 de setembro . A Casa Branca projeta ainda que pode haver de 100 mil a 240 mil mortes no país. Como mais uma medida para tentar frear a curva, Donald Trump disse que estuda proibir viagens do Brasil aos EUA nos próximos dias.
 


O MÉTODO AUSTRALIANO
Ao contrário do que acontece em grande parte do mundo, a Austrália conseguiu, até agora, reduzir a curva de contágio  do novo coronavírus: são atualmente 4.559 casos e 18 mortes. Assim como no Brasil, governadores agiram rápido no país e alguns deles decidiram não acatar a ordem do primeiro-ministro, Scott Morisson, um conservador que foi contrário às recomendações de prevenção feitas pela OMS. O premiê relutou em acatar as ordens de isolamento e só começou a anunciar medidas restritivas quando o vírus começou a se propagar de forma rápida. As ações apresentam resultados e o número diário de novos casos de coronavírus caiu de 30% para 9%, o que indica que o país pode já ter conseguido conter os estragos causados pelo vírus.

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