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quarta-feira, 8 de abril de 2020

GHC confirma primeira morte de profissional de saúde por Covid-19 no RS

Técnica em enfermagem estava internada na UTI do hospital de Porto Alegre

Centro de triagem foi criado para minimizar contaminações no local

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre, confirmou na noite desta terça-feira a morte da técnica em enfermagem Mara Rúbia Cáceres, de 44 anos, que morava em Alvorada. A servidora havia testado positivo para o novo coronavírus e estava internada na UTI do hospital. É a primeira profissional da saúde que vai a óbito no Rio Grande do Sul em função de complicações da Covid-19.
Em nota, a diretoria do Grupo Hospitalar Conceição informa "o falecimento da colega Mara Rúbia Cáceres, ocorrido na noite desta terça-feira. Nosso sentimentos de pesar à família e aos colegas do Setor de de Emergência do Hospital Conceição, que compartilharam da nobre missão de assistência neste momento crítico".
Rafael Melo, que trabalha no setor de internação clínica do Conceição, afirma que os colegas ficaram abalados com a notícia de falecimento da profissional. Melo destaca que a notícia deixa todos os servidores da saúde apreensivos.
Com isso, o RS chega a nove vítimas fatais do coronavírus desde o começo da pandemia. O último boletim da Secretaria de Saúde do Estado indica 555 casos confirmados de Covid-19.
Correio do Povo

VEJA TRAZ AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL E NO MUNDO

REGRAS DO 'CORONAVOUCHER'
Cinco dias após Bolsonaro sancionar o auxílio emergencial de 600 reais, conhecido como ‘coronavoucher‘, a Caixa Econômica Federal lançou o site e o aplicativo onde os trabalhadores informais, autônomos e Microempreendedores Individuais (MEIs) podem solicitar a ajuda temporária. Informais que já estão no CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família não precisam fazer o cadastro. Confira aqui como se inscrever. O benefício será pago por três meses, que podem ser prorrogados futuramente, e busca atenuar os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia na população mais vulnerável. Confira aqui o cronograma completo de pagamento das três parcelas do auxílio. A intenção do governo é que os depósitos comecem a ser feitos nesta quinta-feira 9.


VÍRUS SEM TRÉGUA
O Ministério da Saúde confirmou a morte de 114 pessoas e 1.661 novos casos do novo coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas. Os números são os maiores desde o início da epidemia no país. A taxa de mortalidade também subiu: de 4,6% para 4,9%. O estado mais afetado é São Paulo, com mais de 5,6 mil casos, seguido por Rio de Janeiro e Ceará. Já no país mais atingido pela doença, os Estados Unidos, foram 1.970 óbitos em apenas um dia, sendo 731 no Estado de Nova York, que bateu o recorde diário . Apesar disso, o governador Andrew Cuomo afirmou que as hospitalizações estão se estabilizando e que isso pode ser um bom sinal. No país inteiro, o total de casos passa de 400 mil. Mesmo assim, o presidente Donald Trump ameaçou suspender a contribuição dos EUA à OMS, por entender que a organização cometeu uma série de erros e está "muito centrada" na China.


A POLÊMICA DA HIDROXICLOROQUINA
Mesmo sem ter sua eficácia comprovada, a hidroxicloroquina é defendida por Jair Bolsonaro como forma de combater o novo coronavírus. A insistência no tema transformou o remédio em uma "arma ideológica"  do bolsonarismo nas redes sociais. Um exemplo: o próprio presidente questionou na terça se o médico David Uip, integrante da equipe do desafeto João Doria, havia tomado o medicamento em seu tratamento contra o vírus. Apesar da pressão do Planalto, Luiz Henrique Mandetta resiste a recomendar o uso geral da cloroquina. A droga vem sendo administrada a pacientes graves e críticos em alguns hospitais e o ministro declarou que cabe a cada médico, “com base em suas convicções”, prescrever ou não o remédio nas fases iniciais da doença e se responsabilizar por isso. Enquanto os estudos científicos continuam, o debate ainda está longe do fim.


REPRESENTAÇÕES ARQUIVADAS
Seis representações que pediam a abertura de investigação criminal contra Bolsonaro por causa de suas ações durante a crise sanitária causada pela Covid-19 foram arquivadas pela Procuradoria-Geral da República. Os documentos buscavam que o presidente fosse denunciado pela prática do crime tipificado no artigo 268 do Código Penal (“Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”), cuja pena é de detenção de um mês a um ano e multa. O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, entendeu, no entanto, que não há como imputar a Bolsonaro o crime de descumprimento de medida sanitária preventiva porque não havia uma ordem dessa natureza vigorando. Resta saber se a decisão vai influenciar na forma como o presidente está conduzindo a crise.


PAULO GUEDES NA FILA
Em meio à crise sanitária e à disputa com Mandetta, Bolsonaro tem deixado o ministro da Economia, Paulo Guedes, esperando. Apesar de dizer que "a economia não pode parar", o presidente ignorou pedidos do auxiliar para editar medidas provisórias de proteção às empresas, em especial às aéreas e ao setor do turismo, muito afetados pela pandemia. Enquanto isso, a equipe econômica do governo federal prevê rombo fiscal de 500 bilhões de reais , acima dos 400 bilhões estimados há pouco mais de uma semana. A causa do déficit no setor público, claro, é o volume de recursos injetados no combate aos efeitos do coronavírus. A crise também já é sentida no mercado de trabalho. Dois indicadores de emprego medidos pela Fundação Getulio Vargas apresentaram declínio acentuado em março. Os próximos meses serão difíceis.

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