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quinta-feira, 2 de abril de 2020

DIA 2 DE ABRIL

Há quem acredite que a Revolução de 1964 se deu em 31 de março. Mas, a rigor, a deposição de João Goulart aconteceu no dia 2 de abril, quando o então presidente do Congresso Nacional, senador Auro de Moura Andrade, após em tumultuada sessão, empossou o presidente da Câmara, Pascoal Ranieri Mazzilli como presidente -INTERINO- da República.


GOLPE CIVIL
Tal -INTERINIDADE- encerrou no dia 11 de abril, quando o CONGRESSO NACIONAL elegeu o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco como presidente do Brasil.  Ou seja, se houve o tal GOLPE, como muitos preferem (porque no dia 2 de abril João Goulart ainda estaria no Brasil), esta decisão não foi tomada pelas Forças Armadas, mas apenas e tão somente pelo Congresso Nacional. Assim, em caso da existência de um GOLPE, este seria um GOLPE CIVIL e não MILITAR.


O GOLPE FOI OUTRO
Pois, aproveitando o momento e, principalmente, as constantes manifestações de ódio que inúmeros intelectuais, jornalistas, historiadores, professores e escritores destilam a cada momento contra os MILITARES, volto a publicar trecho relevante do livro do mestre em Administração, Stephen Kanitz, que fala da - A HISTÓRIA NÃO CONTADA DE 1964-, no qual se enxerga, com total clareza, a real RAZÃO para este tamanho desprezo.

ISENÇÃO DE IMPOSTOS
Para quem não sabe, os mesmos jornalistas que à época saudaram de forma uníssona a posse dos militares no Poder mudaram radicalmente de postura no dia 22 de julho de 1964, quando o governo militar deu entrada no Congresso Nacional a PEC de número 9, que após 81 dias (menos de 3 meses) resultou aprovada. 

A tal PEC - Proposta de Emenda Constitucional- , para quem sabe, ou não lembra, tornou OBRIGATÓRIO o pagamento de IMPOSTOS aos -JORNALISTAS, ESCRITORES E PROFESSORES-, que desde 1934 gozavam desta nojenta e incrível ISENÇÃO.

ISENÇÃO DE IMPOSTOS
Nenhum livro de história, assim como nenhum jornalista de esquerda, conta que o ARTIGO 113 n 36 da Constituição de 1934, e repetido no artigo 203 da constituição de 1946, rezava que: -Nenhum imposto gravará diretamente a profissão de escritor, jornalista ou professor-.

Por 30 anos, o que se viu foi uma grande FARRA, onde  faculdades vendiam diplomas de jornalista e, pasmem,  -até arcebispo era jornalista-.

FIM DO APOIO
Esta PEC, portanto, aprovada em menos de três meses de governo, foi a CAUSA que deu por fim ao apoio antes declarado pelos jornalistas, professores e historiadores aos militares. 

Vejam que até a família Mesquita entrou na justiça pleiteando a ISENÇÃO dos lucros do Estadão, alegando que os mesmos advinham de suas profissões de jornalistas.

Observem que inúmeros  jornalistas que tiveram suas crônicas coletadas para compor o livro escrito por Stephen Kanitz, como Alceu de Amoroso Lima, Antônio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Edmundo Moniz, Newton Rodrigues, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux, entre outros, declararam -ARREPENDIMENTO- por terem apoiado o GOLPE (???)

De novo: se no início todos entenderam que o ato foi DEMOCRÁTICO, a perda do privilégio -classista- fez com que dissessem ao mundo todo que houve GOLPE.  Mais: um GOLPE MILITAR, nunca GOLPE CIVIL!


GRATUIDADE GERAL
ATENÇÃO - Os jornalistas, além de isentos do imposto de renda (IR), estavam dispensados do pagamento do imposto predial (IPTU), do imposto de transmissão (ITBI). E, como se não bastasse tamanho privilégio, ainda gozavam de gratuidade nas casas de diversões, do transporte em geral e, no caso de viagens aéreas, a Constituição também lhes garantia um desconto de 50% do valor das passagens.

Pontocritico.com

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