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segunda-feira, 30 de março de 2020

BNDES apresenta novas medidas focadas na compra de materiais e ampliação de leitos

Banco anunciou fomento de R$ 2 bilhões para o combate aos efeitos da pandemia de coronavírus, principalmente para regiões sem infraestrutura

Anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, neste domingo
Anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, neste domingo
 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou neste domingo um novo pacote para o combate aos efeitos da pandemia do coronavírus. As medidas anunciadas há pouco são voltadas à ajuda para compra de materiais para UTIs e ampliação do número de leitos e não são de apoio setorial, como era esperado. Nesse sentido, o banco de fomento anunciou uma nova linha de R$ 2 bilhões para a ampliação da oferta de leitos emergenciais, assim como de materiais e equipamentos médicos e hospitalares.
Empresas de outros setores que buscam converter suas produções em equipamentos e insumos para saúde serão contempladas, informou. O BNDES disse que o Programa buscará apoiar a ampliação do número de leitos de UTI, especialmente em regiões que apresentam níveis elevados de carência em infraestrutura.
A estimativa do BNDES é de que a quantidade de leitos de UTI seja ampliada em 3 mil, o equivalente a mais de 10% da disponibilidade atual de leitos do SUS no País, disse a instituição financeira. O número de respiradores pulmonares deverá aumentar em 15 mil, o correspondente a 50% da demanda total do SUS prevista para os próximos três meses, informou.
O BNDES estima que o número de monitores aumentarão em 5 mil e que o número de máscaras cirúrgicas deverá aumentar em 88 milhões. Com as novas medidas, o BNDES disse que os programadas anunciados levarão a um impacto positivo na economia de R$ 97 bilhões. Na semana passada, R$ 55 bilhões foram aprovados, sendo R$ 20 bilhões de transferência de recursos do fundo PIS/PASEP para o FGTS, R$ 19 bilhões para suspensão de pagamentos de operações diretas, R$ 11 bilhões para suspensão de pagamentos de operações indiretas e R$ 5 bilhões para reforço da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas).
Ainda na semana passada, o BNDES lançou uma linha emergencial de crédito para folha de pagamento de pequenas e médias empresas, num total de R$ 40 bilhões, que poderá ser acessada por empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, exclusivamente para o pagamento da folha de salários de funcionários, por meio de bancos credenciados. 
O banco explicou que os recursos serão depositados para pagamento dos trabalhadores e estão limitados a dois salários mínimos (até R$ 2.090,00), permanecendo o restante, se houver, a cargo do caixa da empresa. O pagamento do empréstimo será feito pela empresa que contratar o crédito junto aos bancos. Para esse programa destinado às PMEs, haverá aporte de R$ 34 bilhões do Tesouro Nacional e de R$ 6 bilhões de recursos dos bancos.
Assim, 85% do risco de crédito será do governo e os 15% restantes, dos bancos. O BNDES destacou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) concedeu uma autorização exclusiva ao BNDES para repassar recursos às fintechs autorizadas como Sociedade de Crédito Direto (SCDs). Com isso, a partir de maio, as fintechs cadastradas na plataforma online de solicitação de crédito do BNDES, o Canal MPME, passarão a operar com recursos do banco de fomento. 
Agência Estado e Correio do Povo

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