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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Reino Unido apresenta plano de imigração por pontos pós-Brexit

Novo sistema promete dar prioridade às mentes "brilhantes" em detrimento dos "trabalhadores pouco qualificados"

Medida deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2021
Medida deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2021 

O governo britânico apresenta nesta quarta-feira o novo sistema de imigração por pontos que será usado no Reino Unido no pós-Brexit e dará prioridade às mentes "brilhantes" em detrimento dos "trabalhadores pouco qualificados".
"Nós respondemos às prioridades dos cidadãos através da introdução de um novo sistema de pontuação que reduzirá o número de imigrantes", disse a ministra do Interior, Priti Patel, em comunicado enviado na noite desta terça-feira. Trata-se de um "momento histórico" que "põe fim à livre circulação", afirmou.
O sistema atribuirá pontos de acordo com as habilidades, diplomas e níveis salariais e tratará os cidadãos europeus e não europeus "igualmente". Esta medida deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2021, no final do período de transição iniciado após o Reino Unido deixar a União Europeia em 31 de janeiro.
"Agora, os vistos serão concedidos apenas aos que tenham pontos suficientes", afirmou o comunicado, com o objetivo de "priorizar os melhores talentos", como "cientistas, engenheiros e estudantes universitários".
O ministério estima que está de acordo com a "mensagem clara" enviada pelo povo britânico no referendo de 2016 sobre o Brexit e nas eleições legislativas de dezembro. O controle da imigração havia sido uma das questões centrais das campanhas dessas duas consultas.
Para obter um visto de trabalho, você precisará de habilidades específicas, falar inglês e ter uma proposta de salário mínimo de 25.600 libras (30.820 euros) com antecedência. O nível de estudos exigidos foi reduzido de um diploma de licenciatura para o equivalente ao bacharelado, para permitir "maior flexibilidade".
Estas exigências suscitaram preocupações nos serviços públicos britânicos, como os serviços de saúde (NHS), que funcionam graças a trabalhadores estrangeiros muita vezes mal remunerados. O Ministério do Interior considera que 70% da força de trabalho europeia atual e pouco qualificada não responderia às novas exigências.
O visto de estudante também seguirá um sistema de pontuação para "talentos de todo o mundo", com a condição de que tenham recebido uma proposta de um estabelecimento britânico, falem inglês e possam se manter. Os cidadãos da UE e de outros países que têm acordos com o Reino Unido não precisarão de vistos para estadias inferiores a seis meses.

AFP e Correio do Povo




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