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domingo, 19 de janeiro de 2020

SARNEY,COLLOR,FHC,LULA,DILMA,TEMER E BOLSONARO SÃO PROVAS VIVAS DE UM “ BRASIL NÃO DEU CERTO”

Tenho plena consciência que conseguir a publicação desse texto será muito mais difícil do que acertar na loteria.

Essa “fatalidade” se dá em virtude da quase total falta de isenção da mídia brasileira, sempre ligada a “algum” lado qualquer do poder político, que “é”, ou “poderá ser”,e exatamente por isso só vai lhe interessar em divulgar o “seu lado”, “investindo” nele, seja pró-governo, seja pró-oposição, que “amanhã” poderá ser governo, jamais contra, ou a favor, de ambos os lados.

“Mato a cobra e mostro o pau”(que matou a cobra,claro). Um dos articulistas que mais respeito em toda a mídia brasileira,que nem é “profissional” dessa área, trata-se do Dr. Milton Simões Pires (médico). Milton tinha quase todo o espaço do mundo para divulgar os seus contundentes artigos anti-PT. Mas isso foi “antes” da posse de Bolsonaro,em 1º de janeiro de 2019. Após alguns meses do novo Governo,a honestidade intelectual desse cidadão começou a perceber e não perdoar os inúmeros malfeitos que todos os dias estão surgindo em relação a esse governo. Fecharam-se-lhe ,”automáticamente”, quase todas as portas midiáticas ,restando-lhe o seu blog particular , o excelente ”Ataque Aberto”

É por isso que em vista dos seus interesses, a mídia adotará um só lado para “defender”, seja situação, seja oposição ,invariavelmente reservando o outro lado mais para “bater”.

Ora, em virtude da tendência midiática de ficar sempre ao lado e de “bem” com os detentores das chaves dos “cofres públicos”, de onde partem grande parte dos seus recursos , é claro que â “oposição política” ficarão reservadas todas as críticas e denúncias de malfeitos.

Mas a oposição política também sempre tem os seus “defensores midiáticos”, que investem no “possível”,ou “provável”, amanhã. Falar mal do governo, condicionado a elogiar e falar bem da oposição, também terá espaço.

Toda essa situação se tornou mais perceptível que nunca a partir da eleição de Jair Bolsonaro,em outubro de 2018,que afastou do poder a “dobradinha” PT/MDB, que reinava,roubava e depredava o país desde 2003.

A partir de Bolsonaro, a “cisão” da mídia ficou mais radical que nunca. Ninguém mais consegue “elogiar,”no mesmo instrumento midiático, os “dois” lados. E também não consegue “criticar”. Um lado tem que ser elogiado. E o outro censurado. Só assim a mídia vai admitir.

O Governo Bolsonaro foi instalado na mais radical oposição “moralizadora” ao regime político que dominou o país de 2013 a 2018,cuja maior característica foi a manipulação mentirosa de índices estatísticos sociais que teriam beneficiado as classes sociais menos favorecidas ,e uma corrupção de tal magnitude que jamais foi vista em qualquer outra parte do mundo, garantindo muitos que teria superado a cifra dos 10 trilhões de reais,superior ao PIB brasileiro.

Mas após um ano do Governo Bolsonaro , já deu para perceber que paralelamente às denúncias e combate contra os malfeitos do PT/MDB, parece que a corrupção prossegue com os novos titulares do poder, talvez em menor escala, ainda não “institucionalizada”, como antes, mas nem por isso menos imoral e ilegal.

Com esse discurso “moralista”, contrariando a sua prática, o que o novo Governo está fazendo pode ser representado pela figura daquele político cretino (moralista?) que discursa para o povo em praça pública completamente “pelado”.

Ora, um país que não acerta na política, também jamais poderá dar certo. E nessas condições ,a democracia, que deveria ser um bem, a melhor forma governo, acaba se tornando um mal. A propósito, e recordando frase genial de Nelson Rodrigues:”A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”.

Reforçando o pensamento de Nelson Rodrigues, poderíamos adicionar palavras que acabaram imortalizadas do filósofo francês Joseph-Marie Maistre (1753-1821),ferrenho defensor do Regime Monárquico, e crítico da Revolução Francesa: “Cada Povo tem o Governo que merece”.

Essas duas frases desses grandes pensadores não estariam, porventura, resumindo a tragédia política acampada na tal “democracia” brasileira?

Sustentei a tese que “o Brasil não deu certo” já em 1986,no livro que escrevi com o título “Independência do Sul”, onde propus a discussão sobre o possível desmembramento do Brasil, conforme as respectivas vocações, potencialidades naturais e humanas de cada região. O resultado é que hoje estão instalados em quase todas as regiões do Brasil núcleos e movimentos “autodetermistas”, a axemplo do que igualmente ocorre no “País Basco” e “Catalunha” (Espanha),Québec (Canadá), e em diversas outras “nações”,que não teria lugar para citar todas aqui, de tantas que são, ainda não reconhecidas como países independentes,e que se encontram “reprimidas”e ”acorrentadas” pelos respectivos poderes centrais.

Mas após muitos anos de “engajamento” na luta pela autodeterminação da minha região, da minha “terra”,que é o Sul do Brasil, que até já tem proposta para denominação de país (União Sul Brasileira-USB),e de “solidariedade” às outras eventualmente interessadas, acabei completamente desmotivado e decepcionado pela covardia do “meu” próprio povo em buscar a sua libertação dos laços malditos de Brasilia, origem de todas as desgraças políticas do Brasil. “Meu Povo” está com a cabeça tão “lavada” por “um país que não deu certo” quanto os povos das outras regiões.

Agora acabo de chegar à conclusão que o filósofo francês “Maistre” foi superficial, e incompleto, na sua conclusão ,no sentido de que “cada povo tem o governo que merece”. Deveria ter ido mais longe. É que “cada povo (também) tem o PAÍS que merece”. E,finalmente, “cada PAíS (também) tem o povo que merece”.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo

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