AdsTerra

banner

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Clima e imposto de exportação preocupam produtores rurais da Argentina

Déficit hídrico similar ao do Sul do Brasil fez projeções de safra baixarem para 17,7 milhões de hectares

Por Danton Junior

| Foto: Arthur Puls / CP Memória

PUBLICIDADE

Em meio à insatisfação dos produtores argentinos com a elevação de impostos de exportação, executada pelo novo presidente do país, Alberto Fernández, o país vizinho vê parte de sua produção ameaçada pela falta de chuvas, a exemplo do que ocorre no Rio Grande do Sul. Segundo a Bolsa de Comércio de Rosario (BCR), a estimativa para a safra 2019/2020 de soja é de 50,7 milhões de toneladas, porém o desempenho irá depender do clima. O déficit hídrico que teve início na primavera fez com que a área projetada caísse de 18 milhões para 17,7 milhões de hectares.

No final de dezembro, chuvas registradas nas principais regiões produtoras trouxeram otimismo aos produtores. “Foi um evento chave para a recomposição da umidade dos solos em muitas regiões, principalmente a faixa oeste da região pampeana”, afirma o economista Federico Di Yenno, da BCR. A oleaginosa começa a ser colhida em março, alcançando o seu pico em abril.

Na produção de milho, o país vizinho registra uma área de 6,8 milhões de hectares, 200 mil hectares a menos do que na safra passada. Segundo Di Yenno, o aumento do imposto de exportação diminui a rentabilidade do cultivo, o que fez com que muitos produtores optassem pela soja. A estimativa é de uma produção de 47 milhões de toneladas. As lavouras semeadas mais cedo começam a ser colhidas em fevereiro. Os preços, de acordo com o economista, estão levemente abaixo do registrado na safra anterior.

A safra 2019/2020 na Argentina tem como pano de fundo a elevação dos impostos de exportação, executada pelo novo presidente do país, Alberto Fernández. No caso da soja, a alíquota vai chegar a 30%. Conforme Di Yenno, apesar do clima instável, o fator que mais preocupa o produtor neste momento é mesmo a questão das chamadas retenciones. “Tanto o aumento dos direitos de exportação quando o aumento dos impostos nas províncias dificultam a produção, levando-se em conta que já temos uma alta carga tributária”, resume.

Entidades ligadas aos produtores têm realizado manifestações contra a medidas. “As retenciones são um imposto recessivo. Vai haver uma retração, sobretudo em tecnologia. Lamentavelmente, vai se traduzir em uma menor produção e em uma menor renda para o produtor e para o país”, disse ao Correio do Povo o presidente das Confederaciones Rurales Argentinas (CRA), Jorge Chemes. Os mais prejudicados, segundo o dirigente, são os produtores que encontram-se mais distantes dos portos. Uma alternativa específica para esses agricultores está em discussão.


Correio do Povo


POLÍCIA

Adolescente é morto a facadas durante briga em Santa Maria

GERAL

Mulher morre após carro atropelar trio em acostamento da ERS 401

VERÃO

Fim de semana termina com mar azul no Litoral Norte

VERÃO

Parque da Guarita recebe atrações de música e do meio ambiente

Nenhum comentário:

Postar um comentário