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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Peixes mortos são encontrados no Arroio Dilúvio

Dezenas de animais boiavam, amontoados na margem

Por Christian Bueller

Na avenida Ipiranga, no cruzamento com a avenida João Pessoa, dezenas de animais boiavam, amontoados na margem

Na avenida Ipiranga, no cruzamento com a avenida João Pessoa, dezenas de animais boiavam, amontoados na margem | Foto: Alina Souza

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Lambaris, carás, traíras. Pela segunda vez em menos de duas semanas, peixes mortos foram encontrados no Arroio Dilúvio, na manhã desta segunda. Na avenida Ipiranga, no cruzamento com a avenida João Pessoa, dezenas de animais boiavam, amontoados na margem, dividindo espaço com sacolas, garrafas e embalagens plásticas que costumam ser jogadas por quem passa na região. Não é a primeira vez que o fenômeno ocorre em Porto Alegre. Em maio deste ano fato semelhante ocorreu no trecho, repetindo situações de 2010 e 2016, por exemplo.

“Não sei como ainda tem peixes ali”, disse a aposentada Alcione Vargas, 67 anos, que passava pelo local. A bióloga Soraya Ribeiro diz que, mesmo não sendo um ambiente em equilíbrio, o local possui o desenvolvimento de vida, o que torna “comum” a presença de animais. Inclusive, não é raro encontrar “pescadores” tarrafeando à beira do arroio. No dia 21 de novembro, técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) estiveram na barreira ecológica, local onde os foram encontrados diversos peixes mortos, para fazer a vistoria. Na ocasião, a Secretaria atribuiu “à decomposição da matéria orgânica” como causa das mortes.

Segundo o projeto “Diagnóstico e monitoramento ambiental do Arroio Dilúvio (eixo Ipiranga)”, concebido pelo Instituto do Meio Ambiente da PUC no início de 2019, o lançamento de efluentes com elevada carga orgânica compromete a qualidade ambiental em sentido amplo, impactando a fauna de peixes. O coordenador do IMA, Nelson Ferreira Fontoura, acredita que o mais provável é que os níveis de oxigênio da água foram caindo durante a madrugada devido ao calor. “Um fenômeno bastante frequente, vai ter incidência de morte de peixes normalmente ao longo da madrugada em noites quentes”, explica Fontoura, que apontou, após a primeira ocorrência, que mais casos aconteceriam durante o verão. Não demorou duas semanas.

Em nota, A Smams informou que o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) coletará hoje amostras de água no Arroio Dilúvio para tentar identificar a causa da morte dos peixes. De acordo com a pasta, uma das causas pode ser a falta de oxigênio na água devido à decomposição da matéria orgânica, proveniente principalmente do despejo de esgoto de forma irregular. A Secretaria também destacou que outros fatores que podem estar são alterações de temperatura e do pH da água. “Uma mortandade pode ter causas naturais, ser resultante de atividade antrópica ou ser causada por uma combinação de fatores naturais e antrópicos”, diz nota.

Ainda conforme as informações da Smams, o manancial recebe, desde sua nascente, em Viamão, contribuições de esgoto, especialmente pelas ocupações irregulares. Ao longo e acima da avenida Ipiranga o cenário se repete, com áreas irregulares que contribuem com esgoto e descarte de resíduos. A Ecobarreira do Dmlu e da Safeweb já recolheu quase 600 toneladas de resíduos desde 2016 na Capital. “Além disso, o DMAE está realizando obras de implantação de redes coletoras de esgoto no sistema de esgotamento sanitário Ponta da Cadeia que impactam diretamente na bacia do arroio Dilúvio. A ligação de esgoto na canalização correta é responsabilidade do morador, sendo fundamental a participação da população. Em muitos locais a rede de esgoto cloacal passa em frente ao imóvel e a casa não está ligada corretamente. Nesses casos, se o usuário tiver dúvida, deve contatar o Dmae para solicitar a avaliação.”


Correio do Povo


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