AdsTerra

banner

domingo, 10 de novembro de 2019

Lula sobe o tom contra Bolsonaro e fala em “percorrer o país”

Em tom de pré-campanha, ex-presidente discursou em seu berço político, no ABC Paulista

Em seu segundo discurso após deixar a prisão, Lula falou a apoiadores em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos

Em seu segundo discurso após deixar a prisão, Lula falou a apoiadores em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos | Foto: Werther Santana / AE / CP

PUBLICIDADE

Em seu segundo discurso desde que deixou a prisão, desta vez em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou o tom das críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Falando a militantes em seu berço político, Lula prometeu “percorrer o país” e conclamou união da esquerda para as eleições de 2022.

No discurso, Lula salientou que Bolsonaro tem um mandato de quatro anos para cumprir, porém atacou o presidente. “Ele foi eleito para goverar para o povo brasileiro e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”, afirmou, cobrando também perícia na investigação da morte da vereadora Marielle Franco.

O ex-presidente voltou a negar as acusações pelas quais foi preso e disse que dorme com a consciência mais tranquila do que os “delegados que escreveram o inquérito”, além do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. “Tudo o que fizeram foi pra me tirar da disputa eleitoral”, acusou.

Mesmo citando diferentes partidos e apoiadores, Lula colocou-se como alterantiva da oposição: “Não posso, aos 74 anos de idade, ver eles destruírem o nosso país”, afirmou. “Contra a distribuição de armas do Bolsonaro, nós vamos distribuir livros. Este é o país que nós queremos”, acrescentou. “Se a gente trabalhar direitinho, em 2022 a chamada esquerda que o Bolsonaro tanto tem medo vai derrotar a ultradireita nesse país.”

O ex-presidente também focou na política econômica do governo Bolsonaro, citando que a taxa Selic caiu, mas o spread bancário segue alto. Ele também citou os problemas sociais vividos atualmente no Chile: “O Chile é o modelo que o (Paulo) Guedes quer construir”, disse. “Por isso que no Chile o povo está na rua.”


Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário