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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Itália confirma condenação à prisão perpétua de Battisti

Ex-ativista responde por quatro assassinatos cometidos na década de 1970

Battisti ficou exilado no Brasil até ser extraditado em dezembro de 2018

Battisti ficou exilado no Brasil até ser extraditado em dezembro de 2018 | Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / CP Memória

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O Tribunal de Cassação italiano confirmou nesta terça-feira a sentença de prisão perpétua de Cesare Battisti, o ex-ativista de extrema esquerda condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. O tribunal superior declarou inadmissível o recurso apresentado por Battisti contra o tribunal de apelação de Milão que, em 17 de maio, negou que sua pena fosse comutada para 30 anos de prisão.

O ex-ativista de extrema esquerda fugiu para a França, e depois viveu anos no Brasil sob proteção do governo de esquerda de Luís Inácio Lula da Silva, vindo a ser capturado na Bolívia em janeiro e extraditado em seguida para a Itália.

Depois de retornar à Itália, ele foi transferido para uma prisão de alta segurança, onde está cumprindo sua sentença. Semanas após a prisão, admitiu a um juiz italiano sua responsabilidade pelos quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e disse ter se arrependido por acreditar na luta armada.

Na Itália, a prisão de Battisti foi aplaudida pela direita e pela esquerda, em particular porque o ex-chefe do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) sempre alegou sua inocência e nunca expressou arrependimento por seus atos.

Battisti foi condenado pela primeira vez na Itália no início dos anos 80 a 13 anos de prisão por pertencer ao PAC durante os "anos iniciais" do grupo. Ele escapou em 1981. Ele foi julgado à revelia em 1993 e condenado à prisão perpétua por quatro homicídios e cumplicidade em outros assassinatos no final da década de 1970. Na França, Battisti tornou-se um autor de sucesso de romances policiais.

Em 2004, ele foi expulso da França e se refugiou no Brasil em segredo, antes de ser preso no Rio de Janeiro em 2007. Em 2010, o então presidente Lula da Silva negou sua extradição para a Itália e concedeu a ele o status de refugiado político. Battisti se casou com uma brasileira, com quem teve um filho em 2013.

Em 13 de dezembro de 2018, o Supremo Tribunal Federal ordenou sua prisão para que fosse extraditada. A prisão do réu aconteceu na Bolívia, onde a polícia boliviana e italiana atuaram em conjunto para mandá-lo para uma prisão na ilha italiana da Sardenha.


AFP e Correio do Povo


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