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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Incêndio atinge entrada da universidade em Hong Kong durante protesto

Chamas estão localizadas em trincheiras construídas por manifestantes pró-democracia

Chamas estão localizadas em trincheiras construídas por manifestantes pró-democracia

Chamas estão localizadas em trincheiras construídas por manifestantes pró-democracia | Foto: Anthony Wallace / AFP / CP

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Um incêndio de grandes proporções continha a aparente investida da Polícia em um campus universitário em Hong Kong, onde centenas de manifestantes pró-democracia permaneciam entrincheirados nesta segunda-feira (noite de domingo no Brasil), horas depois de os policiais alertarem que poderão usar "munição letal" se confrontados com armas mortais em uma perigosa escalada da crise que sacode a ex-colônia britânica há seis meses.

Desde junho os manifestantes protestam no centro financeiro e ex-colônia britânica, onde muitos de seus 7,5 milhões de habitantes reagiram com fúria à perda de liberdades após a devolução à China. Pequim tem alertado reiteradamente que não tolerará o dissenso, gerando preocupação com um eventual envio de tropas da China continental para pôr fim à espiral de protestos.

Várias explosões foram ouvidas ao amanhecer desta segunda, antes de uma parede de fogo subir na entrada da Universidade Politécnica de Hong Kong (PolyU), reportaram jornalistas da AFP, no que parecia ser uma reação à tentativa da polícia de entrar no campus, repelida por manifestantes, determinados a proteger seu território.

A Polícia informou ter feito três disparos com munição letal nas primeiras horas da manhã em um local de manifestação perto da universidade, mas que ninguém parecia ter sido atingido. Confrontos intensos foram reportados durante todo o domingo, com um policial ferido na perna por uma flecha. Manifestantes respondiam com bombas incendiárias às de gás lacrimogênio lançadas por policiais ao longo do distrito de Kowloon, enquanto um chamado foi feito para defender o campus sitiado. Ali, os manifestantes abaixavam os guarda-chuvas para se proteger dos ocasionais jatos d'água disparados por policiais, e atiraram de volta coquetéis molotov em um veículo blindado, deixando-o em chamas em um viaduto perto do campus.

A polícia declarou o campus cenário de "rebelião" – e levantes são passíveis de punição com penas de até dez anos de prisão – e bloquearam as saídas, enquanto o porta-voz, Louis Lau, fazia um duro alerta em uma transmissão ao vivo no Facebook. "Por meio deste, alerto os agitadores a não usarem bombas incendiárias, flechas, carros ou quaisquer outras armas mortais para atacar os policiais", declarou. "Se continuarem com estes atos perigosos, não teremos outra opção que usar a mínima força necessária, incluindo munição letal", acrescentou.

Três manifestantes foram baleados pela Polícia em meses de protestos sem trégua, mas todos em lutas em meio a conflitos de rua caóticos – e sem um alerta abrangente feito por uma força que depende esmagadoramente de gás lacrimogênio, jatos d'água e balas de borracha para reagir. O medo tomou conta dos manifestantes ainda presos dentro do campus - cuja ocupação é uma guinada nas táticas adotadas por um movimento sem comando, até o momento definido por sua natureza fluida e imprevisível. "Estou assustado. Não tem saída. Tudo o que posso fazer é lutar até o fim", disse um manifestante que se unia à barricada em frente ao prédio da universidade na manhã desta segunda-feira.

"Impotentes"

Owen Li, membro do conselho e aluno da PolyU, disse que o pânico tomou conta das poucas centenas de manifestantes que acredita que estejam escondidos ali. "Muitos amigos se sentem impotentes... Apelamos a toda a sociedade a vir aqui e nos ajudar", acrescentou. Durante todo o domingo, os ativistas repeliram as tentativas da polícia de invadir o campus, atirando pedras de uma catapulta improvisada no telhado da universidade, enquanto um jornalista da AFP viu um grupo de arqueiros encapuzados - alguns carregando flechas esportivas - patrulhando o local. A violência piorou nos últimos dias, com a morte de dois homens em incidentes separados vinculados aos protestos este mês.

O presidente chinês, Xi Jinping, fez esta semana os comentários mais contundentes sobre a crise, afirmando que esta ameaçava o modelo "um país, dois sistemas", sob o qual Hong Kong tem sido regido desde que foi devolvida pela Grã-Bretanha, em 1997. Na semana passada, os manifestantes lançaram a campanha "Blossom Everywhere" (Desabrochar por toda parte), com bloqueios e atos de vandalismo, que forçaram a Polícia a convocar agentes prisionais como reforço, suspender grandes trechos da rede de transporte público de Hong Kong e fechar escolas e shopping centers.

Os manifestantes protestam contra um agora engavetado projeto de lei que prevê a extradição para a China, mas suas demandas agora incluem questões mais amplas, como a violência policial e pedidos por eleições totalmente livres na ex-colônia britânica. O centro financeiro foi empurrado para uma recessão pela agitação sem trégua. Um cartaz que circulou nas redes sociais pedia a continuidade dos atos nesta segunda-feira. "Espremer a economia para aumentar a pressão", dizia.


AFP e Correio do Povo



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