Em meio à crise interna, sigla também aumentou o número de integrantes do partido com direito a voto nas decisões
Bibo Nunes é um dos deputados suspensos | Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação / CP
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Em uma investida contra o grupo bolsonarista, a cúpula do PSL decidiu nesta sexta-feira aumentar o número de integrantes do partido com direito a voto nas decisões da sigla e suspender cinco deputados federais das atividades partidárias alinhados ao presidente Jair Bolsonaro, reduzindo as chances do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) se tornar líder da legenda na Câmara. O Diretório Nacional do partido barrou o gaúcho Bibo Nunes, Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Alê Silva (MG) e Carlos Jordy (RJ). Com a suspensão, eles não podem mais participar de comissões na Câmara dos Deputados nem exercer cargo de líder, vice-líder ou posto de comando nos diretórios municipais, estaduais e nacional da sigla.
A expulsão da sigla pode ser o próximo passo, a exemplo do que ocorreu com o deputado Alexandre Frota, hoje no PSDB, cujo pedido de desfiliação partiu de Zambelli. As decisões foram anunciadas pelos líderes do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), e no Senado, Major Olimpio (SP), após reunião da direção nacional da legenda em um centro empresarial de Brasília.
De acordo com Coronel Tadeu, com a suspensão, a assinatura desses parlamentares em listas para indicar um líder na Câmara não será válida. O movimento visa a enfraquecer as chances de Eduardo Bolsonaro ser colocado na função. "Esse é o efeito imediato. Se eles tentarem montar uma lista, perderam cinco votos", afirmou.
Além disso, o partido aumentou de 101 para 153 o número de filiados com direito a voto em reuniões nacionais – os chamados convencionais. Dos novos convencionais, 34 têm mandato parlamentar. A maioria do grupo é alinhada com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. A mudança amplia o poder de Bivar, que trava uma disputa interna com o presidente Jair Bolsonaro sobre os rumos da sigla.
A deputada Joice Hasselmann (SP) chegou a defender que o partido comece a discutir a expulsão de deputados que estão atacando a cúpula da legenda. "A porta da rua é serventia da casa", afirmou. "Alguns têm que ser expulsos." Ela defendeu que um dos alvos seja o deputado Daniel Silveira (RJ), que gravou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmando que iria "implodir" Bolsonaro.
Eduardo e Flávio
Outro movimento para diminuir a força de Jair Bolsonaro no partido será articular a destituição de Eduardo e Flávio Bolsonaro, filhos do presidente da República, dos comandos do PSL em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente. A decisão deve ser sacramentada após aliados de Bivar nos dois Estados formularem uma proposta de substituição das Executivas estaduais do PSL. A sugestão deve ser formalizada na terça-feira, 22, à direção nacional.
Conciliação
Ao longo da reunião, houve tentativas de conciliação, mas, sem efeitos práticos. O grupo pró-Bolsonaro propôs um acordo para que deputados possam deixar a legenda sem o mandato. A tentativa foi rejeitada pela cúpula do partido. "Se estão cuspindo no prato do partido, que pulem do 17º andar para o precipício. O mandato é do partido", afirmou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO).
Carla Zambelli (SP), da ala bolsonarista, afirmou que o tom de Luciano Bivar na reunião estava mais "conciliador", mas que a destituição de Eduardo e Flávio Bolsonaro dos diretórios nacionais apontava para o sentido contrário. O presidente do PSL no Paraná, Fernando Francischini, propôs que a secretária-geral do partido, Flávia Francischini, com quem é casado, entregasse o cargo para que a função fosse ocupada por alguém indicado por Jair Bolsonaro. O gesto foi um aceno ao presidente da República e uma tentativa de pacificação. A decisão sobre esse ponto não foi anunciada.
Agência Estado e Correio do Povo
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