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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Inquérito das fake news encontrou plano ‘terrorista’ contra STF, diz Toffoli

Ministro falou ao Poder em Foco

Toffoli quer seguir com inquérito

‘Aberto enquanto for necessário’

Antes, ‘não se fazia nada’ no MP

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse ser "desnecessária" a CPI da Lava Toga, e defendeu anulação de condenações da Lava Jato de processos que comprometeram a ampla defesa do réuSérgio Lima/Poder360 - 3.out.2019

PODER360
07.out.2019 (segunda-feira) - 1h04
atualizado: 07.out.2019 (segunda-feira) - 7h28

“Enquanto for necessário, esse inquérito ficará aberto.” A declaração é do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, e se refere ao inquérito que apura a disseminação de notícias falsas, acusações caluniosas e ameaças contra os ministros da Corte.

Conhecido como “inquérito das fake news”, o conjunto de investigações é alvo de críticas de associações de procuradores e chegou  a ter o arquivamento defendido duas vezes pela ex-procuradora-geral Raquel Dodge. O pedido foi negado pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes.

Para Toffoli, o inquérito cumpre papel importante “na defesa da instituição [STF] e na defesa dos seus membros“. As declarações do presidente do Supremo foram feitas em entrevista a Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360 e apresentador do programa Poder em Foco, do SBT.

O programa semanal, sempre no final da noite aos domingos, é uma parceria editorial entre SBT e Poder360. Reestreou ontem, domingo (6.out.2019), em novo cenário, produzido e exibido diretamente do SBT em Brasília. Além da transmissão nacional em TV aberta, a atração também é vista simultaneamente, ao vivo e “on demand“, nas plataformas digitais do SBT Online e no canal do YouTube do Poder360.

Ao justificar a importância do inquérito das fake news, Toffoli disse que as investigações identificaram planos de ataques “terroristas” ao Supremo na chamada deep web –camada da internet que não pode ser acessada por meio de mecanismos de busca, como o Google. O ministro não quis dar detalhes sobre a natureza dos ataques identificados, por “questão de segurança”, mas destacou a gravidade da questão.

“Esse inquérito descobriu na deep web ataques ‘terroristas’. Não é pouca coisa. E ataques ‘terroristas’, pelo o que já foi investigado, com ligações a pessoas que já fizeram outros atentados gravíssimos”, disse. “Ataque terrorista [à instituição]. Não é pouca coisa. E nós estamos falando de uma coisa absolutamente séria”, completou.

Assista à integra da entrevista (54min31seg), gravada na última 5ª feira (3.out.2019), em Brasília:

O ministro disse ainda que, desde que o inquérito foi aberto, houve redução em 80% de agressões e ofensas à Corte Suprema. Segundo ele, todos os casos identificados foram encaminhados à polícia adequada para que fosse dado prosseguimento, e enviados ao Ministério Público.

“No passado, quando havia agressões ao Supremo, quando havia ameaça, pedia-se à Procuradoria para investigar e não se fazia nada. Aí, eu determinei a abertura do inquérito. A partir do momento que se abriu esse inquérito, as agressões, as fake news contra o Supremo, as mentiras e as ameaças de morte foram reduzidas em altíssimo grau, mais de 80% das agressões e ameaças desapareceram. É 1 instrumento bastante importante, previsto no nosso regimento, tem força de lei, e é para a defesa da instituição”, disse.

Recentemente, a tensão entre os ministros do STF subiu por causa de uma revelação de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República. Janot lançou o livro “Nada menos que tudo: Bastidores da Operação que Colocou o Sistema Político em Cheque” e contou em entrevistas promocionais que teria entrado no Supremo com uma arma disposto a assassinar o ministro Gilmar Mendes e cometer suicídio em seguida.

Posteriormente soube-se que na data em que Janot disse ter estado no Tribunal ele estava em viagem a Minas Gerais.


Poder 360

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