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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Lava Jato: MPF denuncia Lula, irmão e executivos da Odebrecht

Se condenado, o ex-presidente pode pegar de 2 a 20 anos de prisão. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

9 de setembro de 2019 Brasil, Capa – Caderno 1, Notícias, Política

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta segunda-feira (9) que a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu irmão José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, por corrupção passiva continuada. Além dos dois, os donos da empresa Odebrecht, Emilio e Marcelo Odebrecht, e o ex-diretor da empresa, Alexandrino de Salles Ramos, foram denunciados por corrupção ativa continuada.

A denúncia se refere aos anos de 2003 a 2015, quando Frei Chico, sindicalista com carreira no setor do petróleo, recebeu cerca de R$ 1.131.333,12, por meio de pagamento de ‘mesada’ que variou de R$ 3 mil a R$ 5 mil. O valor era parte de um pacote de vantagens indevidas oferecidas ao ex-presidente, em troca de benefícios diversos obtidos pela Odebrecht com o governo federal. Se condenados, Lula e Frei Chico podem receber sentenças que variam de dois a 20 anos de prisão. O MPF requer que os acusados sejam punidos na medida de sua participação no episódio.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia do MPF, Frei Chico iniciou uma relação com a Odebrecht ainda nos anos 90. Como a Odebrecht participava do setor, e vinha tendo problemas com sindicatos, o então presidente da companhia, Emilio Odebrecht, buscou uma aproximação com Lula, e este sugeriu, então, que contratasse Frei Chico como consultor para intermediar um diálogo entre a Odebrecht e os trabalhadores. Também participava dessas reuniões o ex-executivo da companhia Alexandrino Alencar. Frei Chico, neste contexto, foi contratado e passou a ser remunerado por uma consultoria efetivamente prestada para a Odebrecht junto ao meio sindical.

Já em 2002, com a eleição de Lula, a empresa Odebrecht manteve uma ‘mesada’ ao irmão do presidente eleito, visando manter uma relação favorável aos interesses da companhia. Os pagamentos começaram em janeiro de 2003, no valor de R$ 3 mil; em junho de 2007, passaram a ser entregues R$ 15 mil a cada três meses (R$ 5 mil/mês), entregas que cessaram somente em meados de 2015, com a prisão de Alexandrino pela Lava Jato.

Confira a íntegra da denúncia.


O Sul

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