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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Inadimplência cresce 2% em agosto, dizem CNDL/SPC Brasil

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Cenário econômico não tem favorecido a redução da inadimplência, mas aumento do total de pessoas com contas em atraso aconteça de forma moderada, traz o levantamento.

O número de consumidores inadimplentes cresceu 2% em agosto, em relação a um ano antes, mesmo percentual verificado em julho, no mesmo tipo de comparação, segundo dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Na avaliação do SPC Brasil, embora o número de consumidores com nome sujo continue subindo no cálculo interanual, o ritmo ainda é de desaceleração da inadimplência, já que, em agosto de 2018, esse avanço havia sido de 3,6% contra um ano antes.

Com exceção de janeiro, todos os meses de 2019 registraram crescimento de inadimplência inferior ao registrado um ano antes, tendo chegado a 6% em novembro do ano passado, segundo dados das duas entidades.

Na comparação com julho de 2019, o número de inadimplentes caiu 0,7%, mesmo percentual de agosto de 2018. A pesquisa não realiza ajuste sazonal, que permitiria expurgar os efeitos típicos de um mês na comparação com outro dentro do mesmo ano.

O volume de dívidas apresentou queda de 0,83% em agosto, contra um ano antes, vindo de baixa de 0,46% em julho, na mesma base de comparação. Em agosto, o volume total de dívidas caiu 1% contra igual mês de 2018, após recuo de 0,32% em julho em relação a 12 meses antes.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário econômico não tem favorecido a redução da inadimplência, muito embora o crescimento do número de pessoas com contas em atraso aconteça de forma moderada.

“Há uma frustração quanto à retomada da economia e os reflexos positivos na vida do consumidor. Com o desemprego elevado e o achatamento da renda, a capacidade de pagamento das famílias ainda não voltou a pleno vapor. A expectativa é de que a inadimplência comece a recuar a partir de 2020”, diz o executivo.

Somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.277,74, segundo o SPC Brasil e a CNDL. Pouco mais da metade (53%) tem dívidas de até R$ 1.000 e 47% estão acima desse valor.

De acordo com o indicador do SPC Brasil, apesar da queda no total de dívidas, houve avanço em alguns setores. Considerando as contas de serviços básicos, como água e luz, foi registrado um avanço expressivo de 17,6% no volume de atrasos na comparação com agosto de 2018. O segmento de bancos também apresentou alta de 2,8%, enquanto comunicação e comércio, por sua vez, tiveram quedas de 19,5% e 4,7%, respectivamente.

Quando se observa os resultados por região, apenas o Nordeste apresentou queda no número dos chamados “negativados”, com decréscimo de 0,69% na comparação com agosto de 2018. Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste registraram crescimento no volume de consumidores com restrição de CPFs.

O destaque fica para a região Norte, com aumento de 5,24%, superando o Sudeste — que vinha sendo a região com maior alta desde janeiro de 2018. Sudeste e Sul avançaram 3,65% e 2,03%, respectivamente. Já a região Centro-Oeste teve o menor crescimento em agosto, com alta de 0,91%.

O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e a CNDL têm acesso. Os dados disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.

Fonte: G1 - 19/09/2019 e SOS Consumidor

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