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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Guia supremo iraniano descarta negociar com EUA em plena tensão com Riad

Segundo Khamenei, se EUA "se arrependerem" e voltarem para acordo nuclear de 2015 poderão falar com Teerã e outras partes do pacto

Ali Khamenei afirma que qualquer tipo de negociação levaria EUA a

Ali Khamenei afirma que qualquer tipo de negociação levaria EUA a "imporem demandas ao Irã" | Foto: Stringer / Iranian Supreme Leader's Website / AFP / CP

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O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, descartou, nesta terça-feira, qualquer tipo de negociação com os Estados Unidos, em plena escalada de tensão pelos ataques às instalações petroleiras sauditas que Washington atribui a Teerã. "A política de 'pressão máxima' contra a nação iraniana é inútil, e todos os responsáveis da República Islâmica do Irã acreditam, de forma unânime, que não haverá negociações com os Estado Unidos em nível nenhum", disse Khamenei, citado em sua página oficial on-line. Segundo o guia supremo, qualquer tipo de negociação com o Irã levaria os Estados Unidos a "imporem suas demandas ao Irã" e significaria o sucesso de sua política de "pressão máxima".

Um dia depois dos ataques, a Casa Branca declarou que Trump poderia se reunir com o presidente iraniano, Hassan Rohani, em Nova Iorque, na próxima semana, em paralelo à Assembleia Geral da ONU. De acordo com Khamenei, se os Estados Unidos "se arrependerem" e voltarem para o acordo nuclear de 2015 (o "Joint Comprehensive Plan of Action"), então poderão falar com Teerã e com as outras partes do pacto. "Do contrário, não pode haver negociações" entre autoridades de ambos os países, "em nível algum, nem em Nova York, nem em qualquer outro lugar", completou.

Pompeo vai a Riad

Os rebeldes huthis do Iêmen, que têm o apoio do Irã, reivindicaram o ataque às instalações sauditas de Abqaiq - a maior unidade de tratamento de petróleo do mundo - e ao campo petroleiro de Khurais, no leste do país. Os Estados Unidos acusam o Irã, porém, e garantem que estão preparados para apoiar seu aliado Arábia Saudita. Riad afirmou que, no ataque, foram usadas "armas iranianas", mas não fizeram acusações diretas ao rival regional.

Uma fonte do governo americano que pediu para não ser identificada disse à AFP nesta terça-feira que Washington tem certeza de que o ataque contra as instalações petroleiras foi feito do Irã e que foram usados mísseis de cruzeiro. O governo de Donald Trump - acrescentou a mesma fonte - está preparando um documento para provar suas afirmações e convencer a comunidade internacional, incluindo os europeus, na Assembleia Geral das Nações Unidas. A reunião começa em 24 de setembro em Nova Iorque.

Na segunda, os Estados Unidos disseram que seu Exército está se preparando para responder a este ataque "sem precedentes", os quais obrigaram a Arábia Saudita a reduzir pela metade sua produção de cru e levaram à disparada dos preços. Nesta terça à tarde, Arábia Saudita afirmou que fornecimento de petróleo voltou a seu nível inicial. O Irã afirma que, com suas acusações, "os Estados Unidos negam" a realidade sobre os ataques na Arábia Saudita, tuitou o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif. "Os Estados Unidos negam a realidade, se pensam que as vítimas iemenitas dos piores crimes de guerra durante quatro anos e meio não fariam tudo para responder", escreveu Zarif, referindo-se às vítimas dos ataques da coalizão liderada pela Arábia Saudita neste país.


O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, embarca nesta terça para Riad, com o objetivo de avaliar a "resposta" aos ataques do fim de semana, anunciou o vice-presidente Mike Pence. Em pronunciamento na conservadora Heritage Foundation, Pence confirmou que "o secretário de Estado viaja hoje para a Arábia Saudita para analisar nossa resposta".

Em sua visita ao Cairo, o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, pediu "distensão". Em Pequim, o porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, fez um apelo pela "moderação" entre as partes, enquanto a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que seu país estará "sempre do lado da distensão". "Não estou buscando entrar em um novo conflito, mas, às vezes, é preciso fazer isso", afirmou Trump. "Foi um ataque em larga escala e pode resultar em um ataque muito, muito maior", completou. "Para a maioria, parece que foi o Irã", insistiu o presidente americano.


AFP e Correio do Povo


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