Encontro também discutiu possibilidade de greve na estatal
Por Eduardo do Amaral
Encontro discutiu possibilidade de privatização dos Correios nesta segunda-feira | Foto: Fabiano do Amaral
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Às vésperas de os funcionários dos Empresa Pública de Correios e Telégrafos (ECT) decidirem se entram em greve, representantes de diversas entidades ligadas à estatal estiveram reunidos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Durante o encontro, que teve a presença de deputados estaduais e federais de partidos de esquerda, foi debatido o futuro da empresa.
No centro do debate estava a possibilidade de privatização dos Correios, já que a estatal é uma das que está na mira do Governo Federal para ser vendida. De maneira uníssona, os participantes defenderam a manutenção da ECT como estatal, apresentando números e afirmando que o serviço prestado é eficiente.
Uma das participantes que utilizou o microfone para apresentar dados relacionados aos Correios foi a presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Maria Inês Capelli. Entre os argumentos apresentados por ela para manter o caráter estatal da empresa, Maria Inês afirmou que os Correios não dependem financeiramente do Governo Federal. Segundo ela, o Tesouro Nacional não injeta dinheiro na ECT, mas pelo contrário, recorre aos cofres dela para poder sanar algumas contas. Na avaliação da presidente da ADCAP, os déficits registrados nos últimos são “consequência de ações temerárias do governo”, o que na avaliação dela gerou a falta de recursos. Maria Inês afirmou que 99,4% das encomendas de responsabilidade dos Correios são entregues no prazo, e de acordo com ela a estatal foi “boi de piranha” quando o assunto foi corrupção, especialmente no caso do Mensalão.
Entre os políticos que estiveram presentes na mesa do evento estavam os deputados estaduais Valdeci Oliveira (PT) e Luciana Genro (PSOL), além dos federais Maria do Rosário (PT) e Fernanda Melchionna (PSOL). Maria do Rosário foi uma das primeiras a usar a palavra e garantir que defenderá a permanência da ECT como pública. “Não permitiremos que o patrimônio público seja destruído”, afirmou a parlamentar que ainda afirmou que apenas com a pressão vinda das ruas a privatização poderá ser impedida.
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