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domingo, 22 de setembro de 2019

Facebook suspende "dezenas de milhares" de aplicativos após análise de privacidade

Medida faz parte da investigação iniciada após o escândalo envolvendo a empresa britânica de consultoria Cambridge Analytica

Facebook virou alvo de muitas críticas após reconhecer em 2018 que a Cambridge Analytica se apropriou indevidamente de dados pessoais de dezenas de milhões de usuários

Facebook virou alvo de muitas críticas após reconhecer em 2018 que a Cambridge Analytica se apropriou indevidamente de dados pessoais de dezenas de milhões de usuários | Foto: Kimihiro Hoshino / AFP / CP

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O Facebook anunciou nesta sexta-feira (20) que suspendeu "dezenas de milhares" de aplicativos em sua plataforma como parte da investigação iniciada após o escândalo envolvendo a empresa britânica de consultoria Cambridge Analytica. Esta análise começou em 2018, após revelações de que a empresa britânica utilizou dados de milhões de usuários do Facebook no Reino Unido e nos Estados Unidos para manipular informações enviadas para eles e assim influenciá-los politicamente durante campanhas eleitorais.

O vice-presidente de associações empresariais, Ime Archibong, informou através de um comunicado que a investigação "abordou milhões de aplicativos". "Destes, dezenas de milhares foram suspensos por vários motivos, à medida que continuamos investigando". A suspensão "não implica necessariamente que esses aplicativos sejam uma ameaça para as pessoas", disse Archibong, que acrescentou que alguns "não responderam" à solicitação de informações da empresa.

O Facebook virou alvo de muitas críticas após reconhecer em 2018 que a Cambridge Analytica se apropriou indevidamente de dados pessoais de dezenas de milhões de usuários como parte de seu trabalho para a campanha eleitoral que levou Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Em seguida, a rede social informou que começaria a revisar todos os aplicativos da plataforma para determinar como os dados foram usados e se eles respeitam suas regras de privacidade.

"Em alguns casos, banimos completamente os aplicativos", disse Archibong. "Isso pode acontecer por vários motivos, incluindo o compartilhamento inadequado de dados obtidos por nós, tornando os dados disponíveis ao público sem proteger a identidade das pessoas ou qualquer outra coisa que claramente viole nossas políticas", disse o executivo.

Como exemplo, citou um app proibido chamado myPersonality "que compartilhava informações com pesquisadores e empresas com proteções limitadas e, em seguida, rejeitou nosso pedido de participação numa auditoria". Há um ano, a empresa fundada por Mark  Zuckeberg havia banido cerca de 400 aplicativos, incluindo o myPersonality.

A administração da plataforma social informou que um recente acordo de privacidade com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos que incluiu uma multa recorde de 5 bilhões de dólares, exige supervisão adicional dos desenvolvedores de aplicativos.


AFP e Correio do Povo

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