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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Astrônomos encontram água em atmosfera de exoplaneta potencialmente habitável

Descoberta representa novo estágio na busca de sinais de vida fora do sistema solar

Planeta

Planeta "K2-18b" está a mais de 100 anos-luz da Terra e tem temperatura similar à da Terra | Foto: M. KORNMESSER / ESA / Hubble / AFP / CP

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Os astrônomos detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera de um planeta localizado na "zona habitável" de sua estrela, o que representa um novo estágio na busca de sinais de vida fora do sistema solar. Embora ainda se saiba muito pouco sobre as características desse exoplaneta situado a mais de 100 anos-luz da Terra, a descoberta o eleva à categoria de "melhor candidato" para a busca de vida extraterrestre, segundo o estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature Astronomy. "Encontrar água em um mundo potencialmente habitável (...) nos aproxima da resposta à pergunta fundamental: A Terra é única?", apontou Angelos Tsiaras, da University College de Londres e coautor do estudo.

As observações do telescópio espacial Hubble efetuadas entre 2016 e 2017 "nos permitiram descobrir que o planeta possui uma atmosfera e que esta contém vapor de água: duas boas notícias quanto à habitabilidade do planeta", explicou à AFP Giovanna Tinetti, coautora do estudo. "Não se pode deduzir que haja água líquida na superfície do exoplaneta mas acredito que é muito possível", afirmou a astrofísica, também da University College de Londres.

Além disso, o planeta, chamado K2-18b, está situado na "zona habitável" de sua estrela, ou seja, nem longe demais nem perto demais de sua fonte de calor. Encontra-se na zona onde a temperatura permite que a água exista em estado líquido, o que poderia permitir o desenvolvimento da vida como a conhecemos. Tem portanto uma temperatura similar à da Terra.

O primeiro de uma longa série?

Encontrado em 2015 pelo telescópio espacial americano Kepler, o exoplaneta orbita a estrela K2-18, uma anã-vermelha situada na constelação de Leo, a 110 anos-luz do sistema solar (um ano-luz equivale a 9,46 trilhões de km). É oito vezes maior que a Terra, ou seja, é uma "Superterra" como todos os exoplanetas com uma massa compreendida entre 1 e 10 vezes a do nosso planeta. Está provavelmente composto por silicatos, como a Terra, Marte e Vênus, e gelo.

Há apenas algumas décadas, a ideia de encontrar água na atmosfera de planetas potencialmente habitáveis pertencia à ficção científica. Mas o caminho continua sendo muito longo antes de saber se estamos sozinhos no Universo. Muitas expectativas estão colocadas nos telescópios de nova geração, como o satélite TESS da Nasa, a missão ARIEL da Agência Europeia Espacial (ESA) e o Telescópio Espacial James Webb. "Com todas as novas Superterras que esperamos descobrir nas próximas duas décadas, este é provavelmente o primeiro de uma longa série de planetas potencialmente habitáveis", segundo Ingo Waldmann, também coautor do estudo.

E a aventura com o K2-18b ainda não terminou: falta determinar a quantidade de vapor de água presente na atmosfera, a presença ou não de indícios de química orgânica, de oxigênio, de ozônio, etc. "Por enquanto, o único planeta que conhecemos que abriga vida é a Terra. Mas isso não quer dizer que para ser habitável um planeta deva ser necessariamente como" o nosso, segundo Tinetti.


AFP e Correio do Povo


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