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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

"Ninguém vai botar a mão aqui", exclama Onyx sobre Amazônia

Ministro não teme a falta de apoio de países europeus quanto aos problemas enfrentados pela região

Por Christian Bueller

Onyx Lorenzoni esteve em Porto Alegre para uma reunião-almoço do Sinduscon-RS

Onyx Lorenzoni esteve em Porto Alegre para uma reunião-almoço do Sinduscon-RS | Foto: Alina Souza

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“Ninguém vai botar a mão aqui, não”. Em tom enfático, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, falou sobre a Amazônia e uma suposta “internacionalização” da floresta tropical durante reunião-almoço, nesta sexta, no Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em Porto Alegre. Em entrevista após a palestra na entidade, ele reiterou que o “meio ambiente é uma bandeira” e não teme a falta de apoio de países europeus quanto aos problemas enfrentados pela região, como os recentes desmatamentos que repercutiram no mundo.

“Não tenho temor. Os partidos de esquerda da Europa tem dois propósitos: confrontar com o capitalismo e usar como instrumento de bloqueio para acesso de bens e produtos”, disse o ministro, que chamou de “bobagem” e “fake news” uma foto postada nas redes sociais pelo presidente francês Emmanuel Macron, que utilizou uma foto antiga da Amazônia para criticar as queimadas. Lorenzoni falou sobre a importância de uma parceria com os Estados Unidos visando a cobiça do exterior em relação à floresta brasileira. “Podemos ter ajuda deles para proteger e defender o território brasileiro. Vários países têm área da Amazônia, Bolívia, Venezuela, Guiana Francesa, mas a Amazônia brasileira é dos brasileiros”, reiterou.

O tom bélico contra as gestões do PT e PSDB ficou evidente quando o ministro foi perguntado sobre o Exército. “Eles destruíram, desestruturaram as Forças Armadas Brasileiras. Temos que nos preparar. Hoje, o temor é zero, mas o que será daqui a dois, três, cinco anos? Quem governa tem que fazer escolhas. Escolhemos fortalecer o Exército, a Marinha e a Aeronáutica”, relatou Lorenzoni. A ideia do governo, segundo o ministro, é unir os governadores, Palácio do Planalto e Exército para reforçar a “soberania nacional” no projeto de defesa da Amazônia.

O ministro falou em uma “ação orquestrada pelo viés ideológico” que prejudicou a imagem do Brasil no exterior. “Diplomatas brasileiros e funcionários de carreira do Itamaraty fizeram isso”, frisou. Segundo Lorenzoni, o interesse do parlamento europeu em suspender a importação de insumos brasileiros, como carne e grãos é para que países como a Irlanda e Escócia comercializem os seus produtos. “Eles gastam bilhões de euros subsidiando seus produtores”, disse, lembrando que o Brasil é um “competidor perigoso” na produção de vinhos e espumantes.

Sobre a instabilidade do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, após o pedido de estado de emergência do Acre motivado pelas queimadas, Lorenzoni foi direto: “Para quem teve Izabella (Teixeira), Zequinha Sarney (José Sarney Filho), (Carlos) Minc, não dá uma perna do Ricardo” concluiu.


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