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domingo, 26 de maio de 2019

Reeleito na Índia, primeiro-ministro Narendra Modi agradece Bolsonaro e fala em cooperação

Premiê afirmou querer desenvolver as relações bilaterais e multilaterais dos dois países, como no grupo dos Brics


  • Seu nacionalista hindu, conseguiu a maioria absoluta nas eleições com 303 de 542 cadeiras

    Seu nacionalista hindu, conseguiu a maioria absoluta nas eleições com 303 de 542 cadeiras | Foto: Prakash Singh / AFP / CP

    O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro as felicitações por sua reeleição e disse querer desenvolver as relações bilaterais e multilaterais dos dois países, como no grupo dos Brics, que engloba ainda a Rússia, a China e a África do Sul.  Os resultados finais das eleições do país confirmaram na sexta a vitória de seu partido nacionalista hindu, o BJP, que conseguiu a maioria absoluta com 303 de 542 cadeiras. O número excede o necessário para ter a liderança absoluta, que é de 272 representantes.

    "Obrigado, presidente @jairbolsonaro. Espero ansiosamente conhecê-lo pessoalmente e trabalhar com o senhor para desenvolver as relações Índia-Brasil em todas as esferas, e a nossa cooperação em fóruns multilaterais, incluindo os Brics sob a sua presidência", escreveu o indiano em sua conta no Twitter.

    Narendra Modi

    @narendramodi

    Thank you President @jairbolsonaro. I look forward to making your acquaintance and working with you to develop India-Brazil relations in all spheres, and our cooperation in multilateral fora, including BRICS under your Chairmanship.

    Jair M. Bolsonaro

    @jairbolsonaro

    Meus cumprimentos ao Primeiro-Ministro da Índia @narendramodi, por sua reeleição no dia de ontem. O Brasil tem, além de fortes laços de amizade e cooperação com a Índia, a certeza de que nossas relações comerciais serão cada vez mais sólidas.

    20,6 mil

    14:44 - 25 de mai de 2019

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    Mais cedo, Bolsonaro havia publicado uma mensagem na mesma plataforma em que, além de cumprimentar Modi pelo resultado eleitoral, ressaltou ter certeza de que as relações comerciais do Brasil com a Índia "serão cada vez mais sólidas".

    Jair M. Bolsonaro

    @jairbolsonaro

    Meus cumprimentos ao Primeiro-Ministro da Índia @narendramodi, por sua reeleição no dia de ontem. O Brasil tem, além de fortes laços de amizade e cooperação com a Índia, a certeza de que nossas relações comerciais serão cada vez mais sólidas.

    30,8 mil

    12:52 - 25 de mai de 2019

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    Modi é um líder controverso: está associado com os tumultos de 2002 em Gujarat, estado no oeste do qual era ministro-chefe. Na época, três dias de confrontos deixaram mais de mil mortos, a maioria muçulmanos. Críticos acusaram-no de provocar sentimentos anti muçulmanos, mas uma comissão especial nomeada pela Suprema Corte não encontrou evidências para acusá-lo. Quando foi eleito pela primeira vez, enfatizou suas qualidades pessoais seu passado humilde, e abriu o governo a castas historicamente subordinadas.

    Os brâmanes, por exemplo, desejam uma nação hindu e muitas vezes relutam em compartilhar poder ou mesmo refeições com castas inferiores. Muçulmanos e cristãos foram difamados como "outros" e se atacaram verbal e fisicamente após as eleições. A geografia também ameaçou atrapalhar o equilíbrio político de Modi. O apoio ao BJP é tradicionalmente concentrado no coração dos estados centrais e suas ramificações no norte e no oeste da Índia.

    Após 2014, o partido buscou se expandir no leste e no sul, bem como em Jamu e Caxemira. Acertou alianças com partidos regionais sempre que a vitória definitiva se mostrou impossível. Mas, após alguns sucessos iniciais, a realidade da Índia como uma união federal de estados, em vez de uma nação monolítica, tornou-se aparente: os estados são divididos linguisticamente e ao longo das fronteiras das regiões históricas que há muito tempo antecedem o nacionalismo ou a ideia moderna da Índia.

    Contudo, mais do que essas questões, o governo também fracassou em cumprir suas promessas de prosperidade econômica. O crescimento real do PIB da Índia não ultrapassou os níveis de crescimento anteriores, enquanto a criação de empregos mais ou menos permaneceu estagnada desde 2014. Em novembro de 2016, Modi decidiu banir todas as notas de 500 e mil  rúpias antes de substituí-las por novas notas de 500 e dois mil. Em uma economia "informal" baseada principalmente em dinheiro, a atividade econômica desacelerou dramaticamente, e o crescimento do PIB caiu mais de dois pontos percentuais em seis meses.

    O espectro do crescimento do desemprego assombra a Índia. A taxa de ocupação caiu de 43,5% em janeiro de 2016 para 40,6% em março de 2018, segundo um relatório recente da agência de classificação de crédito. Embora o número de pessoas empregadas tenha aumentado em termos absolutos, a taxa de crescimento diminuiu. No exercício financeiro de 2018, por exemplo, o emprego cresceu apenas 3,8%, comparado com 4,2% no período anterior.

    No país mais populoso do mundo, 93% da população ganha menos do que o rendimento tributável mínimo e 98,5% não paga qualquer imposto de renda. Por conta disso, o governo procurou aumentar as receitas através de impostos indiretos. Os compradores tiveram que pagar mais pelo seu consumo e os vendedores tiveram que se desfazer de mais de seus ganhos. A introdução desse novo regime de impostos indiretos prejudicaram os proprietários de pequenas empresas na forma de vendas e ganhos menores. Isso também diminuiu a renda dos agricultores no país onde cerca de 70% da população vive na zona rural.

    Apesar dos maus indicadores econômicos que têm assolado o povo, ele apelou para o lado simbólico do nacionalismo religioso e explorou ainda mais a questão com o Paquistão para se impulsionar politicamente e inflar o sentimento de patriotismo popular. Afinal, trata-se de um vizinho com uma religião oficial distinta, o Islamismo.


    Agência Estado e Correio do Povo


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