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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Eleições na União Europeia iniciam com inesperada vitória trabalhista na Holanda

Número de vagas na Eurocâmara é determinado pela população de cada país

PvdA deve ficar com cinco das 26 cadeiras que pertencem aos representantes holandeses no Europarlamento

PvdA deve ficar com cinco das 26 cadeiras que pertencem aos representantes holandeses no Europarlamento | Foto: Robin van Lonkhuijsen / ANP / AFP

Os trabalhistas holandeses surpreenderam nesta quinta-feira no início das eleições para o Parlamento Europeu, que arrancaram também com a votação na Grã-Bretanha e prosseguirão até domingo, sob a perspectiva de um importante avanço dos eurocéticos. O partido trabalhista holandês (PvdA) conseguiu uma vitória inesperada sobre os populistas e dos liberais (VVD), do primeiro-ministro Mark Rutte, segundo as primeiras estimativas.

O PvdA, do vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, deve ficar com cinco das 26 cadeiras que pertencem aos representantes holandeses no Europarlamento, informa o instituto de pesquisas Ipsos para a TV estatal holandesa NOS. O Partido da Liberdade (VVD) deve conquistar quatro cadeiras e os populistas do Foro da Democracia (FvD), de Thierry Boudet, três, de acordo com a mesma pesquisa.

Pesquisas anteriores às eleições apontavam como favoritos os liberais e os populistas, com cinco cadeiras cada um. Holandeses e britânicos se tornaram nesta quinta-feira os primeiros a votar para escolher seus eurodeputados, dando início a quatro dias de votações na União Europeia (UE). A maioria dos eleitores votará no domingo. Tchecos e irlandeses comparecerão às urnas na sexta-feira, enquanto no sábado será a vez de letões, malteses e eslovacos.

Mais de 400 milhões de eleitores em 28 países estão registrados para comparecer às urnas e escolher 751 representantes, para um mandato de cinco anos que começará em julho e que deve ser marcado por uma ambiciosa reforma para a maior integração política do bloco. As pesquisas, no entanto, apontam um avanço dos movimentos nacionalistas e populistas, que são contrários à maior integração europeia, e a perda de espaço dos dois grandes grupos na Eurocâmara: o Partido Popular Europeu (PPE, direita) e o Partido Socialista Europeu (PSE).

As sondagens mais recentes mostram que na França o partido de Marine Le Pen (extrema-direita) supera o do presidente Emmanuel Macron. Na Alemanha, os institutos apontam a vitória dos conservadores da chanceler Angela Merkel (CDU), enquanto a a Liga de Matteo Salvini lidera na Itália com um discurso anti-UE.

O esperado aumento do apoio aos eurocéticos, porém, não deve ser registrado em todo o bloco: da Espanha à Irlanda, passando pelos países bálticos, os eleitores devem mostrar um sólido apego à integração europeia.

Brexit no centro do debate

Estas são as nonas eleições ao Parlamento Europeu desde a primeira votação em 1979. A participação é menor a cada pleito e o índice foi de apenas 43% em 2014. O número de vagas na Eurocâmara é determinado pela população de cada país: a Holanda tem 26 e o Reino Unido 73.

Neste último país, há alguns meses ninguém imaginava participar em eleições ao Parlamento Europeu quase três anos após a decisão de abandonar o bloco em um referendo. O Reino Unido deveria ter deixado a UE em 29 de março, mas a rejeição do Parlamento ao acordo assinado pela primeira-ministra Theresa May com Bruxelas forçou um adiamento do processo até 31 de outubro com prazo máximo.

A campanha foi completamente dominada pelo Brexit: para os pró-europeus se tornou um modo de expressar oposição ao movimento eurocético; para os eurofóbicos a melhor maneira de demonstrar sua força. May segue determinada a não enviar os eurodeputados britânicos a Estrasburgo no início da legislatura da nova Eurocâmara, em julho. Mas para isto ela precisaria que o Parlamento de Westminster aceitasse sua nova proposta sobre o Tratado de Retirada e esta, longe de apoiar a chefe de Governo, parece mais determinada a precipitar sua renúncia.

Uma pesquisa do instituto YouGov mostra a liderança nas intenções de voto ao novo Partido do Brexit (37%), liderado pelo controverso Nigel Farage, que há cinco anos foi o grande vencedor das eleições continentais no Reino Unido com o antieuropeu UKIP. Atrás do Partido do Brexit, bem distante, aparecem o centrista Partido Liberal-Democrata (19%) e o Partido Trabalhista (13%).

O Partido Conservador de May seria relegado a uma humilhante quinta posição, com 7% das intenções de voto, atrás dos Verdes. Os resultados serão divulgados oficialmente apenas a partir de domingo à noite, após o final da votação em todos os países da UE - a maioria vota justamente neste dia. O último país a concluir a votação será a Itália às 21h GMT (18h de Brasília) de domingo.


AFP e Correio do Povo


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