AdsTerra

banner

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Alcolumbre rejeita reverter votação do Coaf e cita risco de MP caducar

Câmara votou para devolver o órgão ao Ministério da Economia

Alcolumbre fará apelo aos líderes partidários para que não mexam no texto votado na Câmara

Alcolumbre fará apelo aos líderes partidários para que não mexam no texto votado na Câmara | Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado / Divulgação / CP

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a medida provisória da reforma administrativa corre o risco de caducar se os senadores quiserem manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A Câmara votou para devolver o órgão ao Ministério da Economia e enviou a medida ao Senado. Se houver alteração nesse item teria que ser novamente analisado pelos deputados. A MP tem até o dia 3 de junho para passar pelo Congresso, se não, o governo seria obrigado a recriar ministérios.

"Eu acho que vai estar em um tempo muito curto em relação à estruturação da medida provisória e a gente acaba correndo um risco de, a partir de um destaque em relação à qualquer item, de cometer uma injustiça com o governo que tem a legitimidade de fazer a sua estrutura da forma como veio escrito na redação", disse Alcolumbre.

Alcolumbre confirmou que a medida será votada na próxima terça-feira. Ele fará um apelo aos líderes partidários para que não mexam no texto votado na Câmara e arrisquem fazer o governo perder a reforma administrativa. O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), anunciou que apresentará um requerimento com outros parlamentares para que o Coaf continue com o ministro Sergio Moro. Bancadas como MDB, PSDB, DEM e PT, no entanto, rejeitam mexer nesse ponto.

O líder do PSL contestou o apelo feito para manter o texto da Câmara em troca de evitar que a MP caduque. "A Câmara não faz conta de tempo, se for votado e vai ser votado retirando o Coaf e colocando originalmente como está na 870, tem tempo sim para ir um dia lá para a Câmara e a Câmara revisar", declarou.

Ele acrescentou que não é a "bancada do Moro" que está procurando reverter a votação dos deputados, mas, sim, "a bancada do combate à corrupção". Major Olimpio aposta ainda nas manifestações de domingo, dia 26, para pressionar o Congresso a deixar o órgão sob o guarda-chuva da Justiça e Segurança Pública.


Agência Estado e Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário