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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Pesquisadores de Santa Cruz do Sul (RS) criam método para diagnósticos | Clic Noticias

Estudo feito na Unisc prevê análises pela saliva para problemas como excesso de glicose e colesterol
Por
Otto Tesche
Rosileidi Umpierres, autora do trabalho, com o supervisor Valeriano Corbellini
Rosileidi Umpierres, autora do trabalho, com o supervisor Valeriano Corbellini | Foto: Rodrigo Nascimento / Gazeta do Sul / CP
Um trabalho de mestrado na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) aponta novo método para o diagnóstico de problemas de saúde, como excesso de glicose, colesterol e triglicerídios. Anormalidades detectadas atualmente por meio da análise do sangue poderão ser encontradas na saliva, sem dor e risco de contaminação. A metodologia adaptada por Rosileidi Pappen Umpierres, com a supervisão dos professores doutores Valeriano Antonio Corbellini e Hildegard Hedwig Pohl, poderá se tornar alternativa ágil na prevenção de doenças causadas por altas taxas de açúcar e gordura no sangue.
O método consiste na análise da saliva com luz infravermelha no espectrômetro FT-IR. Um programa de computador lê as informações e dá o diagnóstico, minutos após a coleta. O professor Corbellini pesquisa a possibilidade de analisar sangue ou fluidos no equipamento desde 2007. No entanto, ele alerta que o método aperfeiçoado na Unisc não substitui as análises de sangue tradicionais, mas tem a agilidade para obter o resultado como benefício de seu uso. Um reagente químico leva até 30 minutos para identificar a avaliação no sangue. Já o método por FT-IR faz de 30 a 40 análises ao mesmo tempo.
O paciente precisa depositar apenas um pouco de saliva em um recipiente que é transportado para o equipamento. O nome da técnica é Espectroscopia de Absorção Molecular no Infravermelho com Transformada de Fourier. “O que nós conseguimos foi quantificar os marcadores que indicam a presença de glicose e colesterol”, afirma Corbellini.
Apesar da validação pelo curso de Medicina da Unisc, para que a análise se torne uma alternativa no SUS, por exemplo, o método precisa ser validado pelo governo federal. A pesquisa de Rosileidi será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “A Anvisa precisa definir se o estudo pode ser usado e em qual posição ficará na escala de procedimentos e exames de diagnósticos”, explica o professor.
Rosileidi informa que pretende deixar a sua contribuição para a qualificação da saúde por meio do estudo de mestrado. “O que nós intuímos com este trabalho é que podemos aperfeiçoar os serviços na saúde pública”, explica. Ela é formada em Odontologia, professora na Unisc e agora mestre em Promoção da Saúde. “O software poderá realizar outros tipos de exames, como o diagnóstico de câncer de próstata, que outro professor do curso de Medicina irá testar em breve”, adianta Corbellini.
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