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sábado, 15 de dezembro de 2018

A Era da Burrice

Você já teve a impressão de que as pessoas ficaram mais burras? Talvez não seja só impressão. Estudos mostram que a inteligência humana começou a cair.


A era da burrice, estamos nela?

Sim, estamos!

A matéria da revista Super Interessante começa com um parágrafo tão perfeito em termos de definição do que estamos vivendo que vou transcrevê-lo na íntegra:

Discussões inúteis, intermináveis, agressivas.

Gente defendendo as maiores asneiras, e se orgulhando disso.

Pessoas perseguindo e ameaçando as outras.

Um tsunami infinito de informações falsas.

Reuniões, projetos, esforços que não dão em nada.

Decisões erradas.

Líderes políticos imbecis.

A matéria é muito interessante e vale a leitura (Editora Abril, R$ 18).

Mas só essas primeiras frases valem reflexões importantes e convido você a analisar comigo uma a uma.

Amanhã podemos dar sequência a esse tema, o que você acha?

Deixe seu comentário para eu saber do seu interesse e seguir no assunto, ok?

“Discussões inúteis, intermináveis, agressivas”

As redes sociais estão aí para confirmar a veracidade da frase.

Gente que diz não ter tempo para nada (e por isso não executa o trabalho que deveria e nunca termina suas tarefas mais básicas) passa horas a fio discutindo inutilmente.

Inutilmente, aliás, por vários motivos, como:

Não ter ideia do assunto que se propôs a discutir, apresentando argumentos, no mínimo, ridículos.

De quebra, muitos aproveitam para demonstrar sua falta de domínio com o próprio idioma.

Intermináveis porque o fogo cruzado nonsense não chega a lugar algum, mas as pessoas têm uma disposição incrível para perder tempo.

E agressivas porque passam a xingar e ofender quando os argumentos acabam (mesmo os ridículos).

O intuito é querer parecer mais do que o outro, não importando mais nem mesmo o tema que deu início à discussão…

“Gente defendendo as maiores asneiras, e se orgulhando disso”

A matéria cita que estudos comprovam um fato absurdo:

Quanto mais ignorante uma pessoa é em determinado tema, mais ela tende a achar que o domina.

Então, se você acha que sabe tudo sobre a política americana, sobre o conflito entre israelenses e palestinos ou sobre a ditadura brasileira a ponto de discutir isso nas redes, cuidado!

Você pode passar vergonha achando que está abafando.

Defender o que não conhece é burrice.

Acusar e ofender o que não conhece também é burrice.

“Pessoas perseguindo e ameaçando as outras”

Muito se fala em democracia, mas basta alguém ter uma opinião diferente para ser atacado, xingado e ameaçado (pelos “defensores” da democracia).

Há quem ache a meritocracia um absurdo, porque vivemos em um país injusto que deve ser paternalista com os “menos favorecidos”.

Mas na iminência de alguém apresentar um argumento contrário às suas ideias, ameaçam calar a pessoa a força.

Meritocracia não, mas ameaça sim, né? Ah, tá!

Democracia sim, desde que não vá contra o que a pessoa pensa, né? Ah, tá!

Tô entendendo…

“Um tsunami infinito de informações falsas”

Outra fase muito importante extraída da matéria da Super Interessante:

O cérebro luta para manter nossas opiniões – mesmo que isso signifique ignorar os fatos.

Então, se uma fake news apoia o que a pessoa pensa, o que ela faz?

Checa a fonte, se certifica se é verdade e, em caso de ser mentira, não compartilha?

Não, claro que não!

Ela posta na hora, como sendo a mais pura verdade, mesmo que seja piada do Sensacionalista.

O que importa é ter razão, ainda que não tenha.

Entendeu o “raciocínio”? Espero que não!

“Reuniões, projetos, esforços que não dão em nada”

No afã de querer ser cotada como alguém muito importante, a pessoa quer parecer muito ocupada.

No afã de parecer muito ocupada, ela se enche de reuniões.

No afã de querer ser o centro das atenções nas reuniões, ela vai para falar, jamais para ouvir.

Os interlocutores fazem o mesmo, daí, claro que não sai nada.

Todos falam, ninguém ouve, nada acontece.

Os cérebros estão calibrados para convencer o outro de que seus donos são demais!

Qual o assunto da reunião? Que importa?

É preciso estudar o assunto e levar propostas e ideias palpáveis? Claro que não!

O importante é dizer algo como:

“Nossa! Só hoje, participei de oito reuniões!”

Ainda que não lembre sobre o que foi a primeira…

“Decisões erradas”

Com um cérebro abarrotado de informações inúteis, de onde tirar subsídios para tomar decisões corretas?

As pessoas sabem tudo nas redes sociais, mas, na vida real, não sabem tomar decisões simples no dia a dia.

Elas xingam Donald Trump pelo muro que ele teria tido a ideia de construir na fronteira dos Estados Unidos, mas não sabem que quem começou a construir Bill Clinton.

Aliás, a frase acima já vai servir de “munição” para as pessoas dizerem que estou “defendendo” Trump…

Os fatos não bastam. A verdade não importa.

Importa que se elas detestam Trump vão usar qualquer motivo para atacá-lo, seja verdade ou não.

“Líderes políticos imbecis”

Precisa falar?

É sério mesmo que você defende os políticos a ponto de perder amizades?

É sério que você acha que o SEU candidato (aquele que nem sabe que você existe) vai salvar o país inteiro?

É sério que brigar até com a família vale a pena?

É sério mesmo que esse pessoal que aí está te representa a tal ponto?

Eu vou votar no “espinheiro” que vai espetar menos essa nação já tão esburacada.

Mas não vou brigar por ele de jeito nenhum!

#issonão

#issonunca

Nós estamos na era da burrice sim, mas não temos que ser burros.

O texto não é agradável, mas é extremamente necessário.

Quem tem inteligência vai entender e refletir.

Quem não tem…

Nos vemos!


Superinteressante e Bolsa Blindada

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